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COLÔMBIA
Volta de Chávez à mediação está descartada, diz comissário
DA REDAÇÃO
Mesmo pressionado por
parentes de reféns em poder
das Farc (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia), o governo colombiano
"não vê condições de reativar
a mediação" do presidente
venezuelano, Hugo Chávez,
nas negociações pela soltura
das vítimas. O anúncio foi
feito ontem pelo alto comissário para a Paz da Colômbia,
Luis Carlos Restrepo.
A divulgação, no sábado,
de fotos, vídeos e cartas com
provas de vida de 17 reféns
-entre os quais, a franco-colombiana Ingrid Betancourt
e três norte-americanos- é
atribuída, por um grupo de
familiares das vítimas, à
atuação de Chávez.
No dia 21, o venezuelano
foi afastado das negociações,
juntamente com a senadora
colombiana de esquerda Piedad Córdoba, pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, que acusa Chávez de contatar militares colombianos
sem sua autorização.
No sábado, Piedad viajou
com o grupo de parentes a
Caracas, a fim de negociar a
volta de Chávez. Em entrevista a uma TV venezuelana,
Yolanda Pulecio, mãe da
franco-colombiana Betancourt, pediu à filha que não
perca a esperança -em carta
endereçada à mãe, ela conta
que não come e que seu cabelo cai "em grande quantidade". "Pense em seus filhos",
disse Pulecio.
Ela voltou a criticar a divulgação da carta, que estava
entre as provas de vida dos
reféns apreendidas em Bogotá com três supostos guerrilheiros. "A mim deram uma
cópia péssima [da carta]",
afirmou Pulecio, para quem
se tratava de um objeto "íntimo" e "para a família". O governo colombiano disse que
investigará a divulgação.
Pulecio também se dirigiu
ao presidente venezuelano:
"Pedimos a Chávez que nos
siga ajudando, porque é a
única esperança que temos".
O governo colombiano,
porém, diz não contar mais
com a participação do venezuelano e de Córdoba: "Por
parte deles se cometeram
muitos erros, e não vimos
nenhum avanço substantivo", disse Restrepo.
Com agências internacionais
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