São Paulo, segunda-feira, 03 de dezembro de 2007

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COLÔMBIA

Volta de Chávez à mediação está descartada, diz comissário

DA REDAÇÃO

Mesmo pressionado por parentes de reféns em poder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o governo colombiano "não vê condições de reativar a mediação" do presidente venezuelano, Hugo Chávez, nas negociações pela soltura das vítimas. O anúncio foi feito ontem pelo alto comissário para a Paz da Colômbia, Luis Carlos Restrepo.
A divulgação, no sábado, de fotos, vídeos e cartas com provas de vida de 17 reféns -entre os quais, a franco-colombiana Ingrid Betancourt e três norte-americanos- é atribuída, por um grupo de familiares das vítimas, à atuação de Chávez.
No dia 21, o venezuelano foi afastado das negociações, juntamente com a senadora colombiana de esquerda Piedad Córdoba, pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, que acusa Chávez de contatar militares colombianos sem sua autorização.
No sábado, Piedad viajou com o grupo de parentes a Caracas, a fim de negociar a volta de Chávez. Em entrevista a uma TV venezuelana, Yolanda Pulecio, mãe da franco-colombiana Betancourt, pediu à filha que não perca a esperança -em carta endereçada à mãe, ela conta que não come e que seu cabelo cai "em grande quantidade". "Pense em seus filhos", disse Pulecio.
Ela voltou a criticar a divulgação da carta, que estava entre as provas de vida dos reféns apreendidas em Bogotá com três supostos guerrilheiros. "A mim deram uma cópia péssima [da carta]", afirmou Pulecio, para quem se tratava de um objeto "íntimo" e "para a família". O governo colombiano disse que investigará a divulgação.
Pulecio também se dirigiu ao presidente venezuelano: "Pedimos a Chávez que nos siga ajudando, porque é a única esperança que temos".
O governo colombiano, porém, diz não contar mais com a participação do venezuelano e de Córdoba: "Por parte deles se cometeram muitos erros, e não vimos nenhum avanço substantivo", disse Restrepo.


Com agências internacionais


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