São Paulo, domingo, 04 de janeiro de 2004

Próximo Texto | Índice

TRAGÉDIA

Boeing-737 que caiu no mar Vermelho levava ainda 13 egípcios e 1 marroquino; não há sobreviventes; terror é descartado

Queda de avião egípcio mata 134 franceses

DA REDAÇÃO

Um Boeing-737/300 da empresa egípcia Air Flash caiu ontem no mar Vermelho logo após ter decolado do balneário de Sharm el Sheikh, 500 km a sudeste do Cairo, matando 134 turistas franceses, um marroquino e 13 tripulantes egípcios. Não há sobreviventes, e entre as vítimas há "muitas" crianças, disseram autoridades.
O ministro egípcio da Aviação Civil, Ahmed Zaki, e o ministro francês dos Transportes, Dominique Bussereau, atribuíram o acidente a problemas técnicos e afastaram a hipótese de atentado.
O ministro francês da Justiça, Dominique Perben, pediu que procuradores franceses abrissem um inquérito para apurar possível imperícia da tripulação.
O aparelho, construído em 1993, havia recentemente passado por revisão na Noruega. Ele chegara ao balneário na sexta à noite, com turistas italianos procedentes de Veneza e Milão.
Decolou às 4h44 (0h44, em Brasília) com destino a Paris e escala no Cairo para reabastecimento e troca de tripulantes. Desapareceu da tela de radar sem que a torre tenha recebido do comandante alerta de problemas a bordo.
Relatório preliminar das autoridades egípcias afirma que o Boeing-737, segundos antes de cair no mar, chegou a esboçar uma curva para voltar ao aeroporto, a 15 km de distância.
Ninguém nos hotéis e resorts das imediações ouviu explosão ou ruídos estranhos que indicassem a iminência de um acidente.
Sharm el Sheikh, no estreito de Tiran, entre a península do Sinai e a Arábia Saudita, é um dos locais mais frequentados por europeus no mar Vermelho. O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, encontrava-se ontem num dos hotéis com a família.
É um local de águas profundas, apropriadas ao mergulho. O Boeing aparentemente partiu-se ao cair. Malas, brinquedos e pedaços de fuselagem boiavam com fragmentos de cadáveres quando a equipe de resgate chegou.
Um C-130 da Força Aérea Egípcia e dois helicópteros sobrevoaram a região antes de constatar, diz a agência egípcia Mena, que não havia sobreviventes.
O presidente francês, Jacques Chirac, telefonou ao presidente do Egito, Hosni Mubarak, que lhe deu condolências.


Com agências internacionais


Próximo Texto: Guerra sem limites: Governo britânico prevê mais cancelamentos de vôos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.