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ÁUSTRIA
Natascha diz que esteve a ponto de morrer no cativeiro
DA REDAÇÃO
Natascha Kampusch, 18, a
jovem austríaca que esteve
seqüestrada por mais de oito
anos, afirmou que esteve várias vezes a ponto de morrer
de fome. As declarações foram feitas para um documentário emitido pela televisão estatal ontem.
Seu seqüestrador, Wolfgang Priklopil, 44, lhe dizia
que "aquele que não trabalha, não precisa comer". "Eu
me sentia mal. Não podia
dormir e ficava acordada dias
inteiros, porque não queria
que me acontecesse algo durante o sono", disse.
Sobre Priklopil, que se suicidou atirando-se contra um
trem em movimento, logo
após a sua fuga, Natascha diz
que "era muito avarento com
a comida, quase como um
anoréxico, e ele transferia isso aos demais" .
Ela tinha 10 anos quando
foi seqüestrada em março de
1998, e conseguiu fugir em
28 de agosto passado.
O "caso Natascha" virou
um fenômeno na Europa e
sua primeira entrevista na
televisão foi um dos programas de maior audiência na
Áustria em 2006.
No documentário, Natascha também fala que tinha
medo de lhe contar problemas de saúde - ocultou uma
dor de dentes - com medo
de que ele a punisse, cortando as refeições.
Natascha também recordou como foi sua fuga. "Nesse dia eu comi pouco, mas
não tinha tantos hematomas
ou feridas, me senti com forças para escapar" .
"A porta do cativeiro era
muito pesada. Se tivesse
acontecido algo a Priklopil,
eu nunca teria conseguido
sair dali".
Nas primeiras entrevistas
que a jovem austríaca concedeu, no início de setembro,
ela afirmava que, estava de
luto pela morte de seu seqüestrador, definido por ela
como "parte de sua vida".
E que não havia perdido
nada durante os anos que
passou com refém de Priklopil. "Ele era parte da minha
vida. É por isso que eu também estou de luto por ele de
certa forma".
Com agências internacionais
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