DA REDAÇÃO

Pró-Ocidente e favorável à adesão do seu país à União Européia (UE), Boris Tadic, 50, foi reeleito ontem presidente da Sérvia, derrotando o ultranacionalista Tomislav Nikolic, 55, que reconheceu a derrota. "Felicito os cidadãos por mostrarem que a Sérvia é uma democracia européia", disse Tadic. A presidência da UE emitiu um comunicado em que diz que os sérvios "confirmaram o apoio ao rumo europeu e democrático" de seu país.
Até o fechamento desta edição, com 80,4% dos votos apurados, Tadic, do Partido Democrático, tinha 50,5%, contra 47,9% de Nikolic, do Partido Radical, pró-Rússia. Dos 6,7 milhões de eleitores, 67,6% participaram do pleito, segundo estimativas, ante os 61% de participação no primeiro turno, no mês passado, quando Nikolic teve 39,9% dos votos e Tadic, 35,4%. Nas eleições de 2004, Nikolic também havia saído na frente, mas foi derrotado no segundo turno.
O líder do Partido Radical foi aliado do ditador Slobodan Milosevic, que deixou o poder em 2000 e morreu em 2006, quando era julgado por crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia.
A eleição deste ano coincide com o anúncio recente dos líderes da maioria albanesa de Kosovo de que a independência da Província sérvia seria declarada em breve. A Província é administrada pela ONU desde a intervenção americana em favor dos kosovares albaneses, em 1999.
Apesar de aliado ao Ocidente, Tadic se opõe à independência de Kosovo, mas já prometeu que não usará a força contra os independentistas. A União Européia tenta seduzi-lo com um plano de adesão rápida ao bloco.