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Iraque diz que bombardeio dos EUA matou 6
DA REDAÇÃO
Seis civis iraquianos teriam
morrido e 15 ficado feridos em
um bombardeio noturno promovido ontem por caças americanos
e britânicos à cidade de Basra, na
zona de exclusão aérea ao sul do
país, segundo um porta-voz militar do Iraque. Em um comunicado divulgado pela agência oficial
de notícias iraquiana, o porta-voz
diz que os caças que patrulham a
zona de exclusão aérea entraram
no espaço aéreo iraquiano às
21h45 (15h45 de Brasília) e atingiram locais civis em Basra.
Segundo ele, unidades antiaéreas iraquianas dispararam contra as aeronaves, que retornaram
às suas bases no Kuait.
Fontes militares dos EUA disseram que os aviões que patrulham
a zona de exclusão aérea no sul do
Iraque atacaram ontem cinco alvos de defesa aérea em resposta
aos disparos de artilharia antiaérea vindos do solo. Não houve
menção aos supostos mortos.
Os bombardeios são os últimos
em uma série crescente de ataques aéreos ocidentais nas zonas
de exclusão ao norte e ao sul do
país, enquanto os EUA e o Reino
Unido aumentam sua presença
militar na região, para mais de
220 mil homens, para uma possível invasão do Iraque. A ação poderia indicar uma mudança de tática no patrulhamento das zonas
de exclusão aérea, para atacar sistemas de mísseis que poderiam
ser usados para defender o Iraque
de uma invasão.
O Comando Central dos EUA
disse que os caças usaram armamentos de precisão para bombardear centros de comunicação por
fibra ótica perto de Al Kut (cerca
de 153 km ao sul de Bagdá) e um
centro de comando militar e controle perto de Basra (395 km a sudeste de Bagdá). "Os alvos específicos foram atingidos porque eles
aumentavam a rede integrada de
defesa aérea do Iraque", afirmou
um porta-voz militar. "Ainda estamos avaliando os danos aos alvos", disse.
O Iraque não reconhece as zonas de exclusão aérea criadas unilateralmente pelos EUA e aliados
ocidentais após a Guerra do Golfo
de 1991 para evitar que Bagdá atacasse as minorias curda (no norte
do país) e xiita (no sul).
O Reino Unido disse que as patrulhas nas zonas de exclusão aérea foram incrementadas, mas
não disse se os caças americanos e
britânicos estão atacando novos
alvos como parte de uma preparação para uma eventual guerra.
A destruição de centros de comando e comunicação poderia
facilitar uma invasão por terra.
O secretário de Defesa britânico, Geoff Hoon, disse ao Parlamento que não houve "mudanças
substanciais" nas operações para
preparar uma possível guerra e
que a ação dos caças obedece às
normas do direito internacional.
"Não há dúvida de que nossas
forças têm participado de patrulhas mais frequentes envolvendo
as zonas de exclusão aérea."
Preparações
Bombardeiros B-52 americanos
começaram a desembarcar ontem no Reino Unido e na Bulgária, em mais um avanço nas preparações para um eventual confronto militar. Hoon confirmou
ter concordado com um pedido
americano para o envio de 14
bombardeiros para a base de Fairford, no oeste do país. Na Bulgária, chegaram ontem ao menos
três aviões na base de Bourgas, no
mar Negro. Mais aeronaves são
esperadas nos próximos dias.
Com agências internacionais
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