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França, Rússia e China pressionam Bagdá
DA REDAÇÃO
A França, a Rússia e a China
exortaram ontem o Iraque a respeitar totalmente as exigências da
ONU e a desarmar-se pacificamente, enquanto os EUA e o Reino Unido se mantiveram em sua
cruzada em busca de apoio ao
projeto de resolução da ONU que
poderia abrir caminho para uma
guerra contra o Iraque.
Os cinco países com direito de
veto no Conselho de Segurança da
ONU (CS) estão tão divididos em
relação a esse projeto que ninguém mais fala de uma possível
solução consensual para o impasse, o que faz com que os esforços
diplomáticos sejam intensificados antes da votação do projeto.
Esta, se a vontade de Washington
e de Londres prevalecer, deverá
ocorrer em meados deste mês.
O presidente francês, Jacques
Chirac, que lidera a oposição à
guerra, disse que os inspetores da
precisam de tempo para conseguir eliminar os programas de armas de destruição em massa iraquianos. Mas ele salientou que o
"Iraque deveria oferecer uma
cooperação mais clara e ativa".
Yuri Fedotov, vice-chanceler
russo, afirmou que o início da
destruição dos mísseis Al Samoud
2 iraquianos é um "exemplo claro
da intensificação de sua cooperação" e demonstra que as inspeções devem continuar. Mas, segundo a agência Itar-Tass, ele disse que as autoridades iraquianas
devem ser "mais ativas".
A Chancelaria da China disse
que o país está fazendo o "máximo possível para evitar a guerra".
Mas o porta-voz da Chancelaria,
Kong Quan, declarou que Bagdá
tem de "aplicar completamente as
resoluções da ONU".
A Alemanha, que preside o CS
atualmente, também exigiu mais
cooperação das autoridades iraquianas, embora tenha mantido
sua posição contrária à guerra.
O cardeal Pio Laghi, enviado da
paz do papa João Paulo 2º, partiu
ontem para os EUA, onde exortará o presidente George W. Bush a
buscar evitar o conflito. Ele deverá reunir-se com Bush nesta semana e entregará a ele uma carta
escrita pelo papa.
O premiê espanhol, José María
Aznar, que apóia Bush, comparou
a crise iraquiana ao Acordo de
Munique, de 1938, que permitiu
que a Alemanha nazista se mantivesse em seu esforço belicista.
Nos EUA, foram intensificadas
as discussões sobre a possível
transferência das tropas americanas que estão estacionadas nos
países do oeste da Europa para
Estados do Leste Europeu, como
a Bulgária e a Polônia. A maioria
dos países do leste apóia o esforço
americano contra o Iraque.
Com agências internacionais
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