São Paulo, sexta-feira, 04 de março de 2011

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Arábia Saudita registra protesto de xiitas; Egito tem novo premiê

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Arábia Saudita, que tem as maiores reservas de petróleo do mundo e está em segundo no ranking de produtores, voltou a registrar protestos políticos -raros no país mesmo depois da onda de revoltas no mundo árabe, cujo marco é a queda da ditadura na Tunísia em janeiro.
A pequena manifestação, que reuniu cerca de cem xiitas na cidade de Awwamiya, no leste do país, pediu a libertação de prisioneiros que, de acordo com os manifestantes, estão há muito tempo detidos sem julgamento.
"Pacífico, pacífico", gritavam os participantes do protesto, ao qual policiais assistiram sem intervir. No mês passado, autoridades sauditas concordaram em soltar três prisioneiros após manifestação similar na cidade.
Os xiitas são minoria na Arábia Saudita, onde a monarquia sunita governa sem Parlamento e, habitualmente, não tolera manifestações oposicionistas. Recentemente, o rei Abdullah anunciou "pacotes de bondades" que incluem benefícios oficiais no valor de US$ 36 bilhões.

PREMIÊ DO EGITO
A junta militar que governa o Egito desde a queda do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro, anunciou que o ex-ministro dos Transportes Essam Sharaf será o novo primeiro-ministro do país.
Caberá a ele nomear um gabinete provisório até que um governo civil assuma, depois das eleições presidenciais prometidas para o segundo semestre deste ano.
Sharaf substituirá Ahmed Shafiq, que renunciou anteontem após sofrer pressões dos manifestantes pró-democracia. Shafiq havia sido nomeado primeiro-ministro nos últimos dias do regime de Mubarak e era considerado excessivamente próximo do ex-ditador egípcio.
A nomeação de Sharaf, tido como reformista e crítico do antigo regime, foi bem vista pelos ativistas. No Twitter, o Nobel da Paz Mohamed ElBaradei agradeceu à junta por "dar ouvidos ao povo".


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