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Perdão de dívida a Bagdá fica na promessa
DA REDAÇÃO
O secretário-geral da ONU,
Ban Ki-moon anunciou ontem
que países credores do Iraque
prometeram perdoar um montante de US$ 30 bilhões de sua
dívida externa -cerca de 60%
do total. O anúncio foi feito em
Sharm al Sheikh, Egito, numa
conferência com mais de 60
países. A reunião dá-se no âmbito do "Iraq Compact" (acordo
do Iraque), um plano elaborado
pela ONU e pelo governo iraquiano que prevê reformas econômicas no país e sua integração nas transações mundiais.
Entre os credores que aceitaram perdoar as dívidas estão
Reino Unido, China e Coréia do
Sul. O perdão porém não é de
100%, mas nos moldes do que
sugeriu o Clube de Paris, ou seja, de 80%. Além disso, quase
tudo ficou por ora na promessa.
A Arábia Saudita -atualmente
o maior credor do Iraque- afirmou ainda estar negociando o
perdão da dívida, avaliada em
cerca de US$ 17 bilhões. Isso
possivelmente por estar descontente com o modo como o
governo iraquiano, xiita, tem
tratado a minoria sunita.
O descontentamento dos sunitas com Bagdá pode também
ter influenciado a decisão do
Kuait de não riscar ainda o Iraque de sua caderneta de devedores - o país emprestou cerca
de US$ 15 bilhões ao governo
iraquiano. A Rússia, para quem
os iraquianos devem aproximadamente US$ 13 bilhões, também não ingressou no perdão.
Encontro simbólico
Em um encontro de relevância simbólica na mesma conferência no Egito, a secretária de
Estado dos EUA, Condoleezza
Rice, reuniu-se por cerca de
meia hora com o chanceler da
Síria, Walid al Moallem.
Com relações diplomáticas
rompidas com a Síria desde
2005, os EUA consideram o
país um patrocinador do terrorismo e o acusam de abrigar insurgentes que combatem no
Iraque, além de fazer vista
grossa ao fluxo de armas e pessoas em sua fronteira.
Classificado por Rice como
um encontro "profissional",
sua pauta foi o pedido da secretária de Estado para que os sírios se empenhem mais em
controlar esse fluxo na fronteira com o Iraque -o que, segundo declaração do Exército dos
EUA pouco antes do encontro,
já tem acontecido.
Com agências internacionais e o "Financial Times"
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