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Soldado brasileiro morre eletrocutado no Haiti
Missão da ONU investigará acidente; colega de Klein se feriu ao tentar ajudá-lo
Militar, que voltaria ao Brasil em quatro meses, tropeçou em fio de alta-tensão; baixa é a segunda nas fileiras brasileiras
Ariana Cubillos-2.ago.2007/Associated Press
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Ban, secretário-geral da ONU, visita Porto Príncipe, Haiti; mandato da missão pode ser ampliado |
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
SIMONE IGLESIAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O soldado brasileiro Rodrigo
da Rocha Klein, 21, morreu eletrocutado no início da noite de
anteontem em Porto Príncipe,
capital haitiana, ao tropeçar em
um fio de alta-tensão. Ele integrava a Minustah (Missão das
Nações Unidas para Estabilização do Haiti), liderada pelo
Exército brasileiro, e estava no
país desde 8 de junho deste ano.
O 4º Regimento de Cavalaria
Blindada, em São Luiz Gonzaga, Rio Grande do Sul, onde
Klein iniciou carreira, deve enterrar com honras militares o
corpo do soldado, que chegará
ao país na próxima terça.
Outro brasileiro, o sargento
Luiz Guilherme Fagundes Caetano, 23, sofreu escoriações e
queimaduras nas mãos ao tentar socorrer o colega. De acordo
com o Ministério da Defesa, ele
não corre risco de morte.
Nota do ministério afirma
que "o comando do Batalhão do
Haiti e a Minustah realizarão as
investigações para a devida
apuração do fato".
Klein completaria 22 anos no
dia 29 de setembro. Ele ingressou no Exército aos 18, em março de 2004. O militar, que se
alistou como voluntário para a
missão no Haiti, voltaria ao
Brasil em quatro meses. "Ele
sempre quis estar no Exército,
era o sonho dele", afirmou seu
tio Oto Klein. Para os colegas,
era um "excelente soldado".
Desde junho de 2004 liderando os capacetes azuis no
país caribenho, o Brasil ainda
não registrou nenhum militar
morto em confronto. A morte
de Klein foi a segunda -em janeiro do ano passado, o general
Urano Bacellar, chefe militar
da Minustah, suicidou-se.
A missão, que hoje conta com
8.800 homens, foi criada pelo
Conselho de Segurança da
ONU para manter a segurança
do país caribenho após o então
presidente Jean-Bertrand
Aristide deixar o país, sob pressão dos EUA, em meio a uma
crise político-institucional, em
fevereiro de 2004. Após um
conturbado período de transição, René Préval foi eleito presidente em 2006.
Teoricamente, a atuação da
Minustah termina em 15 de outubro deste ano. Em visita ao
país nas últimas quarta e quinta, entretanto, o secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban
Ki-moon, ouviu de Préval um
pedido para a extensão do mandato da força. Ban respondeu
que iria "recomendar uma extensão do mandato por mais 12
meses, quando o Conselho de
Segurança discutir este assunto, em outubro".
Com agências internacionais
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