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"Temos todo
o direito de
persegui-los"
DO "THE NEW YORK TIMES"
A seguir trechos da entrevista
com o secretário de Estado dos
EUA, Colin L. Powell, em seu
escritório ontem:
Pergunta - Em conversas com
alguns dos países que foram informados, eles descreveram as
evidências como interessantes,
mas circunstanciais em relação à
Al Qaeda, mas não necessariamente à pessoa de Osama bin
Laden. O sr. claramente conseguiu convencer o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony
Blair. O que se pode dizer?
Colin L. Powell - Os telegramas
que enviamos realmente contêm diversas informações. Um
deles traz a história da organização e estabelece o fato de que
temos todo o direito de persegui-los, porque já foram indiciados, tanto a Al Qaeda quanto Osama bin Laden, por crimes passados contra os Estados Unidos e a civilização. E
nos asseguramos de que todos
compreendem esse fato.
Creio que o caso seja sólido.
Mas não o vejamos apenas em
termos de algo que vai a julgamento em tribunal. Trata-se de
informações e indicações que
foram recolhidas e, em minha
opinião, indubitavelmente são
pertinentes àquilo que revelamos e indicam que todos os caminhos conduzem a Bin Laden, para mim.
Não tenho dúvidas sérias a
respeito, e não acredito que
quem quer que tenha acesso ao
tipo de informação que enviamos as tenha, tampouco.
Mas não se trata de tentarmos persuadir um tribunal.
Confiamos saber quem realizou os ataques, e é atrás deles
que iremos. Com respeito ao
creio que "Livro Branco", foi
uma escolha infeliz. Acredito
que as informações estejam
surgindo na imprensa e de outras formas.
O público em geral compreenderá a natureza da organização e os motivos para que
as evidências sejam, mais que
circunstanciais, persuasivas.
Pergunta - O sr. não usou as
palavras "remover o Taleban",
mas essa parece ser a meta.
Powell - O presidente [George
W. Bush" lhes deu uma oportunidade em seu discurso ao dizer que "ou vocês fazem isso,
ou haverá consequências". E
eles não o fizeram.
O trabalho humanitário que
estamos realizando tem propósitos humanitários. Milhões de
afegãos já sofrem e sofrerão
ainda mais como resultado da
crise em que estamos ou da situação em que estamos -e estamos trabalhando ao máximo
para aliviar esse sofrimento, até
onde pudermos.
Mas não usamos nossas atividades humanitárias como parte do nosso processo político. E
você usou as palavras "remover o Taleban" como meta, e eu
não concordo com a sua caracterização.
Nosso objetivo, em primeira
instância, como estipulou o
presidente Bush, é atingir a Al
Qaeda e seu líder, Osama bin
Laden, e seus campos no Afeganistão, e o regime do Taleban
terá um preço a pagar. E já que
eles estão interconectados com
isso tudo e se recusam a romper essas conexões, pagarão o
preço...
Pergunta - Portanto, eles pagarão?
Powell - Não sei o que farão. A
escolha cabe a eles.
Pergunta - Como o sr. define
uma vitória?
Powell - Vejo o sucesso dessa
campanha avaliado com base
na restauração de certo grau de
segurança na sociedade, com
as pessoas menos assustadas
do que estão agora ou do que
ficaram com o que aconteceu
no dia 11 de setembro.
Vejo o sucesso nessa campanha como uma redução, uma
grande redução no terrorismo
preferivelmente terrorismo zero, com alcance global. Isso é o
sucesso, em última análise.
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