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TERROR
Outros 20 são detidos em operação franco-espanhola
O maior líder do braço político do ETA é preso no sudoeste da França
DA REDAÇÃO
A polícia prendeu ontem o
maior líder político do grupo terrorista basco ETA (Pátria Basca e
Liberdade), Mikel Albisu Iriarte,
conhecido como "Mikel Antza",
deteve 20 outros suspeitos, incluindo a veterana militante separatista Soledad Iparraguirre Genetxea, ou "Anboto", e apreendeu
armas e munição numa operação
realizada concomitantemente na
França e na Espanha, de acordo
com autoridades dos dois países.
Mikel Antza, que, segundo a polícia espanhola é o líder do braço
político do ETA desde 1993, foi
preso ao lado de sua namorada,
Anboto, que faz parte do grupo há
mais de duas décadas, no sudoeste da França, segundo fontes policiais francesas. Anboto é acusada
de participação em pelo menos 14
assassinatos e é a mulher mais
bem colocada nas estruturas do
ETA, segundo o Ministério do Interior da Espanha.
Na França, o número de detidos
chegou a 20, e a operação contou
com a participação de dezenas de
policiais locais e de membros das
forças especiais antiterrorismo.
Na Espanha, a polícia deteve um
motorista de caminhão na cidade
de Burgos (centro do país).
"A operação foi muito importante. Sete casas foram vasculhadas [no sudoeste da França], e documentos importantes, armas e
explosivos forma apreendidos",
afirmou o ministro do Interior da
Espanha, José Antonio Alonso.
O ETA, considerado um grupo
terrorista tanto pelos EUA quanto
pela União Européia, matou, desde 1968, mais de 800 pessoas para
defender sua exigência de constituir um Estado basco soberano no
norte da Espanha e no sudoeste
da França. O grupo não comete
nenhum ataque letal há mais de
um ano. Porém voltou a plantar
pequenas bombas em agosto, tendo como principais alvos pontos
turísticos e e rede de eletricidade
que cruza a fronteira entre a Espanha e a França.
As prisões de ontem foram vistas como muito importantes porque minarão bastante a estrutura
de comando do ETA, já debilitada
em decorrência de várias operações policiais realizadas na França
e na Espanha na última década.
"O golpe contra a organização
terrorista foi um passo importante em direção à paz e mostrou que
o fim do ETA é possível", disse o
governo espanhol.
Com agências internacionais
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