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TABU
Imagem, que causou escândalo na Itália, ilustra um anúncio de aparelho para banheiro
Revista católica publica foto de nádegas
DA REDAÇÃO
A revista católica "Famiglia
Cristiana" provocou tumulto na
mídia italiana ontem ao publicar, pela primeira vez, a foto de
uma mulher nua, num anúncio
de um sistema de ventilação para banheiros.
A foto, casta para os padrões
dos programas de TV italianos e
para as capas explícitas das revistas à venda na Itália, mostra
apenas as nádegas de uma mulher, vistas entre a névoa, através
de uma porta de box.
Mas o anúncio foi suficiente
para colocar a "Famiglia Cristiana", tradicionalmente a mais popular publicação para as famílias
da Itália, na defensiva.
"Nós não mudamos nossa posição ou nossa linha. É só a silhueta de uma mulher atrás de
uma porta embaçada e suja",
disse dom Antonio Sciortino, diretor da publicação, ao jornal
"Corriere della Sera". "Nós vimos o anúncio e o aprovamos.
Parecia um pouco no limite, mas
não o suficiente para causar
consternação considerável. Nós
contamos com a maturidade
dos leitores."
O "Corriere" dá mais detalhes
do anúncio, reproduzindo seus
dizeres: "Se você quiser ver direito, chame já seu eletricista"
-sendo que o que se poderá ver
melhor, se o leitor seguir a recomendação do anunciante, são as
nádegas da modelo.
Para o jornal italiano, é "um sinal da mudança dos tempos" o
anúncio com que a "Famiglia
Cristiana" "rompe um tabu".
Segundo o "Corriere della Sera", dom Sciortino disse ainda,
em defesa da publicação cristã,
que "não é preciso ver o que não
se quer".
A "Famiglia Cristiana" já teve
de enfrentar a fúria de leitores no
passado, ultrajados com o primeiro anúncio exibindo roupas
de baixo. Mais tarde vieram protestos contra uma propaganda
de água mineral que exibia uma
criança nua.
Em 1996, leitores da revista
-que normalmente publica
atualidades, além de anúncios
de artigos de culinária, viagens e
produtos religiosos- protestaram após a publicação de trajes
de banho.
A revista também foi atacada
pelo Vaticano por ter publicado
cartas que tratavam de moralidade sexual.
Com agências internacionais
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