São Paulo, quarta-feira, 04 de novembro de 2009

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Em campanha à Presidência, Tony Blair liga para Sarkozy e Merkel

DO "FINANCIAL TIMES"

O ex-premiê britânico Tony Blair começou a entrar em contato com líderes europeus para angariar apoio a sua campanha para tornar-se o primeiro presidente em tempo integral do bloco, disseram fontes governamentais da UE. Veio à tona ontem que Blair defendeu sua candidatura em telefonemas feitos no fim de semana ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, e à chanceler (premiê) da Alemanha, Angela Merkel.
A decisão de Blair de intensificar a campanha não oficial foi tomada ante evidências crescentes de que a maioria dos governos da UE preferiria que o cargo ficasse com uma figura de menos expressão, de um país menor que o Reino Unido.
Diplomatas e analistas independentes da UE disseram que isso aponta para a probabilidade de ser escolhido um líder como os primeiros-ministros Herman Van Rompuy (Bélgica), Jan Peter Balkenende (Holanda) ou Jean-Claude Juncker (Luxemburgo).
Sem favorito claro entre os candidatos de países menores, e com muitos líderes nacionais avessos a declarar preferência, os analistas disseram que é possível que Blair tenha chances de êxito -a despeito da dificuldade do governo trabalhista britânico para encontrar apoio ao nome do colega na semana passada em cúpula da UE.
A decisão final caberá aos 27 chefes de Estado e de governo da UE, e a previsão é que seja tomada em cúpula especial a ser realizada neste mês.
"A impressão é que mais e mais líderes parecem concordar que preferem um "presidente do conselho" (figura mais discreta) a um 'presidente" do Conselho Europeu", disse Antonio Missiroli, diretor do Centro de Política Europeia.
As chances de Juncker continuam a existir em parte em função de um possível acordo pelo qual o Reino Unido retiraria sua oposição a ele em troca de uma promessa de que o chanceler britânico, David Miliband, seja alçado à chefia de política externa da UE.
Um sinal revelador do fato de que muitos governos encaram a Presidência em tempo integral como cargo relativamente limitado emergiu em reunião entre líderes da Espanha, Bélgica e Hungria no ano passado.
Entre janeiro próximo e junho de 2011 cada um deles passará seis meses na Presidência rotativa, que continuará a existir -com o propósito de presidir as reuniões ministeriais mensais da UE- apesar da criação da Presidência integral.
Os três deixaram clara a oposição à redução grande dos poderes da Presidência rotativa.


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