São Paulo, segunda-feira, 04 de dezembro de 2006

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Governo pode ter interrompido TV dos EUA

DO ENVIADO A CARACAS

A equipe da Telemundo na Venezuela afirmou que teve de interromper as transmissões que fazia para a emissora de língua espanhola baseada nos Estados Unidos a mando de agentes que se identificaram como membros da agência reguladora de telecomunicações da Venezuela.
Seis pessoas que se identificaram como membros da Conatel, a agência federal venezuelana, teriam entrado ontem à tarde no quarto do hotel em que a equipe da Telemundo se hospeda.
A alegação para que interrompessem a transmissão foi a de que eles não tinham a autorização devida. A empresa é uma emissora da rede NBC, uma das três maiores dos EUA e, por sua vez, parte do conglomerado norte-americano G.E.
"Estamos surpresos", disse à Associated Press Pablo Iacub, um dos oito jornalistas da Telemundo que se encontram em Caracas desde a semana passada para cobrir a eleição de ontem. "Nós dissemos que tiramos todas as autorizações e estávamos trabalhando havia uma semana. Isso nos surpreende, pois fizemos um trabalho objetivo e profissional."
Já a emissora venezuelana RCTV, de oposição, denunciou a Telesur, cadeia latino-americana simpática a Hugo Chávez, de ter levado ao ar resultados parciais de pesquisa de boca-de-urna antes de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter divulgado seu primeiro boletim oficial, ferindo assim a lei eleitoral venezuelana. Durante a semana, o presidente havia dito que poderia fechar TVs e rádios que divulgassem resultados antes do permitido.
"O governo, num ato de desespero político, está anunciando números (na emissora) que não correspondem à realidade", disse Julio Montoya, do comando da campanha de Manuel Rosales. Nem a Telesur nem o Comando Miranda, da campanha de Chávez, se manifestaram a respeito.
(SD)


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