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Contribuição aliada irá "além dos 5.000", diz Otan
DA REDAÇÃO
Mais de 20 membros da Otan
já aceitam aumentar tropas no
Afeganistão em 2010, elevando
a "mais de 5.000" os soldados
que somarão forças aos 30 mil
novos militares anunciados na
terça pelos EUA, disse ontem o
porta-voz da aliança militar
ocidental, James Appathurai.
"Alguns países podem decidir amanhã, outros na próxima
semana ou ainda após a conferência [da ONU sobre o Afeganistão] de Londres em 28 de janeiro. [Mas] com base no que
temos ouvido, passaremos dos
5.000", disse Appathurai antes
do início da reunião de dois dias
entre os chanceleres da Otan.
A secretária de Estado dos
EUA, Hillary Clinton, que chega hoje à sede da Otan, em Bruxelas, para o encontro, se disse
"encorajada" pelas respostas
europeias ao plano delineado
pelo governo Barack Obama.
Ontem, a Itália já indicou que
deve enviar cerca de mil novos
soldados ao Afeganistão, elevando para quase 4.000 seu
efetivo no país -mas aquém do
reforço de 1.500 que, segundo a
imprensa local, havia sido requisitado por Washington.
Já o Parlamento da Alemanha -que, com 4.400 soldados,
mantém o terceiro maior contingente da missão internacional- aprovou ontem extensão
por um ano do mandato para a
permanência de tropas no país.
Berlim estuda o envio de reforços -o governo Barack Obama quer 2.500, segundo funcionários dos dois governos-, mas
postergou a revisão para a conferência da ONU. A Alemanha
enfrenta, no entanto, resistência pela crise causada devido à
operação que vitimou 30 civis
no Afeganistão em setembro.
Também a França, de quem o
governo Barack Obama espera,
estima-se, reforço de 1.500 militares -hoje são 3.750-, pretende fazer uma revisão apenas
depois do encontro de Londres.
O Reino Unido já havia anunciado na última segunda um
aumento de 500 homens, o que
elevará seu contingente a cerca
de 10 mil -o segundo maior.
Os aliados americanos são
responsáveis hoje por cerca de
40 mil militares na missão internacional, pouco mais de um
terço dos 110 mil no país. Os
EUA almejam que os membros
da Otan elevem em até 10 mil os
efetivos, mas trabalham com
um número de até 7.000.
Um aumento dessa magnitude permitiria aproximar os reforços aos 40 mil militares considerados necessários pelo comando militar no Afeganistão
para combater a crescente insurgência ligada ao Taleban.
Rússia
Ontem, Rússia e Otan anunciaram para hoje o primeiro encontro bilateral formal desde o
congelamento das relações depois da guerra na Geórgia, em
agosto do ano passado. Em Roma, o presidente Dmitri Medvedev também prometeu contribuir para a nova estratégia
dos EUA no Afeganistão. Moscou já permite o transporte de
carga militar em seu território.
Com "New York Times" e agências internacionais
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