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TERROR
Foi "ato insolente de terrorismo", diz governo; americano está entre os mortos
Bomba em aeroporto filipino mata 21
DA REDAÇÃO
Ao menos 21 pessoas morreram
e 147 ficaram feridas ontem após a
explosão de uma potente bomba
escondida em uma mochila no
aeroporto internacional de Davao, na ilha de Mindanao, no sul
das Filipinas. Entre os mortos, havia um americano e duas crianças.
Muitos feridos estavam em estado
grave, o que poderia aumentar o
número de mortos.
O atentado, classificado pelo governo filipino como "um ato insolente de terrorismo", foi o mais
grave dos últimos anos na região.
Grupos extremistas islâmicos que
atuam na região aumentaram nas
últimas semanas sua atividade,
apesar da presença no local de
cerca de 1.200 soldados americanos desde o ano passado.
A presidente Gloria Macapagal
Arroyo, que convidou as tropas
americanas para treinar os soldados filipinos para lutar contra o
terrorismo no ano passado, disse
que "diversos homens" foram detidos para averiguação sobre uma
suposta relação com o atentado.
Ela disse ter ordenado à polícia e
às Forças Armadas a "caçada dos
terroristas e seus cúmplices".
Nenhum grupo reivindicou o
atentado. A Frente Moro de Libertação Islâmica, acusada por
uma série de atentados nas últimas semanas, incluindo a explosão de um carro-bomba num aeroporto próximo, no mês passado, negou responsabilidade pelo
ataque de ontem.
O grupo islâmico Abu Sayyaf,
que tem laços com a rede terrorista Al Qaeda, também opera na região. O kuaitiano Khalid Sheikh
Mohammed, suposto número 3
da Al Qaeda, preso no sábado no
Paquistão, passou pelas Filipinas,
onde teria ajudado a planejar um
atentado frustrado contra o papa
em 1995. Mindanao enfrenta conflitos separatistas desde 1972.
Os EUA condenaram o ataque e
prometeram ajudar as Filipinas a
encontrar os culpados. "Os EUA
vão trabalhar ombro a ombro
com o governo filipino para assegurar que os responsáveis sejam
levados à Justiça", disse o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer.
Segundo a porta-voz da defesa
civil de Davao, Susan Madrid, a
explosão ocorreu às 17h20 (8h20
de Brasília), quando dezenas de
pessoas esperavam pela chegada
de um avião em frente ao aeroporto. Cerca de uma hora depois,
uma outra explosão a 30 km ao
norte dali feriu três pessoas.
Em um comunicado, a presidente disse que o atentado "não
pode ficar impune".
O porta-voz da Frente Moro de
Libertação Islâmica, Eid Kabalu,
condenou o ataque e disse que o
grupo estava pronto para colaborar com as investigações. Os rebeldes lutam pelo estabelecimento de um Estado islâmico independente no sul da Filipinas. Apesar de um cessar-fogo em 1997, os
combates continuaram.
Com agências internacionais
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