São Paulo, quinta-feira, 05 de março de 2009

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ÁSIA CENTRAL

Paquistão prende 20 pessoas por ataque a time de críquete

DA REDAÇÃO

A polícia do Paquistão prendeu ontem cerca de 20 suspeitos de envolvimento no ataque, na véspera, à seleção de críquete do Sri Lanka, pouco antes de uma partida em Lahore, leste paquistanês. O atentado aumentou a pressão interna contra o governo pró-Ocidente do presidente Asif Ali Zardari, visto como ineficiente na proteção da equipe cingalesa e no combate ao terrorismo.
Armados com metralhadoras, granadas e lançador de foguetes, entre 12 e 14 jovens fizeram uma emboscada ao comboio cingalês e mataram seis policiais e um motorista. Sete jogadores, um árbitro e o técnico ficaram feridos -o que causou comoção no país, onde o críquete é o esporte mais popular.
Os ataques insurgentes e a crescente força do Taleban -que domina parte da fronteira entre Paquistão e Afeganistão- levaram a imprensa e a oposição a questionar Zardari, há sete meses no poder. "Onde está o governo? Ele controla tudo no Paquistão atualmente?", perguntou ontem um dos líderes de oposição, Siddique ul Farooq.
O episódio de anteontem já teve implicâncias diretas no calendário desportivo do Paquistão, que corre o risco de perder o mando do Mundial de Críquete em 2011. A equipe neozelandesa do esporte também sugeriu que cancelará seu tour pelo Paquistão em dezembro. E um torneio júnior de tênis, marcado para este mês em Karachi, foi cancelado por falta de segurança.
Investigam-se elos do atentado com o que alvejou Mumbai (Índia), em novembro, e cuja culpa foi atribuída ao grupo de origem paquistanesa Lashkar-e-Taiba. "A grande quantidade de armas recuperadas sugere que os terroristas estavam equipados e organizados", disse ontem o chefe da polícia de Lahore, Habib ur Rehman.

Com agências internacionais


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