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São Paulo, sábado, 05 de abril de 2003

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IRRELEVÂNCIA

Achar ditador não é prioridade, segundo Casa Branca, que diz que ele já faz parte da história

EUA reduzem importância de Saddam

DA REDAÇÃO

Os Estados Unidos buscaram ontem diminuir a importância do ditador iraquiano, Saddam Hussein, no atual momento do conflito, afirmando que "ele já faz parte da história e encontrá-lo não é mais um objetivo obrigatório para que a vitória seja conquistada".
O líder iraquiano estaria, segundo o Pentágono, perdendo o controle sobre as forças do país.
Tampouco foi considerada relevante a aparição de Saddam em discurso na TV e posteriormente caminhando pelas ruas (não está descartado ser um sósia ou as imagens não serem recentes).
O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, disse que a ofensiva militar contra o Iraque será um sucesso ainda que as forças americanas fracassem em encontrar Saddam Hussein.
De acordo com o porta-voz, a definição do presidente dos EUA, George W. Bush, para vitória neste conflito "é remover o atual regime do poder e eliminar as armas de destruição em massa do Iraque". Bagdá nega possuir esses armamentos. "A visão de Bush para o país é de um Iraque livre, democrático, com as pessoas se governando", acrescentou Fleischer.
Sobre as imagens, ele disse apenas que seriam analisadas pela inteligência americana.
Já a porta-voz do Pentágono, Victoria Clarke, disse não serem significativas as imagens. O importante, segundo ela, é que "Saddam não foi visto publicamente". "Não interessa se ele está vivo ou morto. O fato é que o que resta desse regime acorda a cada dia sabendo que controla menos e menos o país".
O general Stanley McChrystal, vice-diretor de operações militares dos EUA, afirmou, também no Pentágono, que a aparição de Saddam demonstra que ele está perdendo o controle do país.
"Parece que, se realmente for Saddam nos vídeos, ele vê a necessidade de andar nas ruas e provar que está vivo", afirmou.
O general acrescentou que fica cada vez mais claro que Saddam e seu regime estão perdendo o controle sobre as forças militares iraquianas no campo de batalha.
No primeiro dia de bombardeios, os EUA tentaram eliminar Saddam com o denominado "ataque de decapitação". Nunca foi confirmado o êxito da ação.


Com agências internacionais


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