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ÁSIA
Partido do ex-ditador Suharto deve conquistar a maioria no Parlamento
Oposição deve vencer na Indonésia
DA REDAÇÃO
A presidente da Indonésia, Megawati Sukarnoputri, enfrenta
hoje seu maior teste eleitoral. Pesquisas de opinião apontam que o
seu Partido Democrático Indonésio da Luta (PDI-P) caminha rumo a um grande colapso nas eleições nacionais.
Os resultados das pesquisas têm
mostrado que o Golkar, partido
do ex-ditador Suharto -homem-forte do país entre 1967 e
1998-, reúne grandes chances de
substituir o PDI-P como detentor
da maioria dos 550 assentos do
Parlamento.
Cerca de 450 mil candidatos
competem em pleitos para parlamentos locais, regionais e nacional, no que é descrito por muitos
como as maiores eleições do
mundo feitas em um único dia:
são 660 milhões de cédulas para
serem utilizadas por 147 milhões
de eleitores. Devido à magnitude
das eleições, é possível que os
principais resultados só sejam conhecidos depois de muitos dias.
A votação de hoje definirá o cenário da próxima eleição presidencial -marcada para 5 de julho e que provavelmente será em
dois turnos, em razão da aparente
fragilidade de Sukarnoputri.
Duas pesquisas divulgadas na
sexta-feira apontaram o PDI-P
com a preferência de menos de
20% do eleitorado -caindo dos
34% obtidos na última eleição-,
enquanto o Golkar aparece em
posição melhor do que os 23%
conquistados em 1999.
As pesquisas mostraram que na
disputa presidencial Sukarnoputri -filha de Achmad Sukarno,
que governou o país por quase
duas décadas até ser deposto por
um golpe na década de 60-, está
atrás de Susilo Bambang Yudhoyono, seu ex-ministro da Segurança, cuja popularidade é cada
vez maior.
A administração de Sukarnoputri ganhou elogios no exterior por
dar ao país importante estabilidade econômica e política. Mas, para os indonésios, os três anos do
mandato de Sukarnoputri são caracterizados pelo crescente desemprego, inflação e corrupção.
Apesar do atentado que em
2002 matou cerca de 200 turistas
na ilha de Bali, o terrorismo islâmico não virou tema da campanha. A Indonésia é o país com a
maior população muçulmana do
mundo (cerca de 80% dos 235 milhões de habitantes), mas não tem
partidos islâmicos fundamentalistas. Mesmos os que se baseiam
na religião não fazem menção ao
islã em seus nomes.
Com agências internacionais e "Financial
Times"
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