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ESTUDO
Segundo ONG, 44 países, entre eles Coréia do Norte, são melhores para ter filhos; Cuba lidera latino-americanos
Brasil cai no ranking da maternidade
DA REDAÇÃO
O Brasil escorregou uma posição no ranking anual da maternidade, elaborado pela ONG americana Save the Children. De acordo
com o relatório de 2004, divulgado ontem, 44 países são considerados os melhores lugares para se
ter um filho. Entre eles estão o Cazaquistão, a República Dominicana e a Coréia do Norte.
O melhor país para as mães, de
acordo com a Save the Children,
segue sendo a Suécia, e o pior ainda é o Níger. De modo geral, a Escandinávia, com alto desenvolvimento humano e políticas públicas pró-maternidade, segue no
topo, enquanto os países da África se mantêm na lanterna.
Lançando algum otimismo sobre o quadro brasileiro, o relatório diz que as condições de maternidade na América Latina estão se
aproximando das de países industrializados desde que o estudo
passou a ser feito, há cinco anos.
A maioria dos latino-americanos se encontra mais bem posicionada, e as mães brasileiras não
receberam neste ano uma menção específica no documento. De
toda a região, a melhor colocação
foi obtida por Cuba -11º lugar,
apenas um abaixo dos EUA. Já na
América do Sul, perde do Brasil
apenas a Bolívia (68º lugar).
São listados 119 países. Nomes
proeminentes, como Alemanha,
França e Japão, estão ausentes do
ranking por não terem dados oficiais comparáveis.
O ranking é montado após o
cruzamento de dez dados, seis sobre as mães e quatro sobre as
crianças. A maior fonte é o Unicef
(fundo da ONU para a infância).
Sobre as mães, levou-se em conta o risco de mortalidade na gestação e no parto, a utilização de contraceptivos modernos, a assistência de partos por equipes especializadas, a anemia entre as gestantes, o analfabetismo entre as mães
e a participação feminina no governo federal. Já em relação às
crianças, os itens são mortalidade
infantil, desnutrição, número de
crianças matriculadas no ensino
básico e percentual da população
com acesso a saneamento básico.
O Brasil se porta bem melhor
nos índices que tratam das mães:
contados só os dados referentes a
elas, o país surge em 37º lugar. Já
no ranking infantil, é o 70º.
Entre um relatório e outro, o
país melhorou no que diz respeito
à participação feminina no governo (subiu de 7% para 9%) e piorou no percentual de crianças matriculadas no ensino básico, descontada a distorção entre série e
idade (despencou de 77% para
50%). Mas, como a base do ranking vem de números nem sempre ajustados anualmente, não se
pode dizer que a mudança tenha
ocorrido entre 2003 e 2004.
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