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São Paulo, quinta-feira, 05 de junho de 2003

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EUA

Medida, elogiada por Bush, deve ser contestada na Justiça

Câmara dos Representantes aprova projeto que proíbe o aborto tardio

DA REDAÇÃO

A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou a proibição de um procedimento chamado "aborto por nascimento parcial", realizado nas últimas semanas de gravidez. Em março, o Senado aprovou projeto parecido, mas as diferenças com a versão aprovada pela Câmara deverão ser solucionadas antes do envio para a assinatura do presidente George W. Bush, favorável à proposta.
"Felicito a Câmara por legislar contra os abortos tardios. Essa legislação ajudará a construir uma cultura de vida nos Estados Unidos", disse Bush em comunicado.
A medida é uma reivindicação antiga dos grupos antiaborto, que sustentam que ela proíbe apenas abortos após o quinto mês. É também mais um item da agenda conservadora republicana.
Se o projeto, aprovado por 282 votos a 139, resistir aos recursos legais, será a primeira vez que uma forma específica de aborto terá sido criminalizada desde a decisão da Suprema Corte de 1973 que garante o direito ao aborto.
O procedimento se realiza induzindo o nascimento na reta final da gravidez e, quando o parto está a meio caminho, o feto é morto. Um médico poderá pegar dois anos de prisão se adotar a prática.
O ex-presidente Bill Clinton (1992-2000) vetou versões anteriores porque não continham exceções para proteger a gestante. Grupos pró-aborto sustentam que, em certos casos, esse pode ser o único procedimento que não oferece riscos à mulher.


Com agências internacionais


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