|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OEA é palco de bate-boca EUA-Venezuela
DA REDAÇÃO
A tribuna da Assembléia Geral da OEA (Organização dos
Estados Americanos) foi palco
de um duro embate entre a secretária de Estado americana,
Condoleezza Rice, e o chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, a respeito do fechamento
do canal venezuelano RCTV,
embora o caso não constasse do
temário oficial do encontro.
Em discurso, Rice cobrou
que a OEA envie seu secretário-geral, José Miguel Insulza, para
Caracas com o objetivo de investigar o caso RCTV. Antes,
ela havia dito a jornalistas que o
fechamento do canal era o movimento mais "contundente e
agudo" do governo Hugo Chávez contra democracia.
Irritado, o chanceler venezuelano classificou o discurso
de Rice como "intervencionismo inaceitável nos assuntos internos". Disse ainda que a secretária americana "violou" a
agenda do encontro, cujo tema
é "energia sustentável".
Maduro propôs que a OEA
instalasse uma comissão "para
estudar a violação diária de direitos humanos" na fronteira
do EUA com o México. Disse
que a prisão de Guantánamo,
em Cuba, onde os EUA mantêm prisioneiros sem condição
jurídica reconhecida internacionalmente, só era comparável a algo da "era de Hitler".
Então, Rice pediu a palavra
novamente: "Em qualquer assunto, estou segura de que será
difícil uma comissão debater,
investigar e criticar mais as políticas dos EUA do que fazem, a
cada noite, na CNN, ABC, CBS,
NBC", devolveu. "Os cidadãos
americanos têm essa garantia.
Espero que os venezuelanos
também a tenham", concluiu
Rice -e deixou a sala, sem esperar a tréplica.
Maduro pediu que os EUA
permitissem que as câmeras da
Tves, o canal estatal criado para
substituir a RCTV, entrassem
em Guantánamo.
Texto Anterior: Oposição quer Venezuela fora do Mercosul Próximo Texto: Estudantes entregam petição de garantia para manifestações Índice
|