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Governo liberta "chanceler das Farc" a pedido do presidente da França
Rodrigo Granda, preso em 2004, ficará sob custódia do episcopado do país
DA REDAÇÃO
O chamado "chanceler das
Farc", Rodrigo Granda, saiu ontem de uma prisão no centro da
Colômbia em meio a um processo de libertação, patrocinado pelo governo, de guerrilheiros dessa organização.
O presidente Álvaro Uribe
anunciou que a libertação de
Granda foi feita por petição direta do presidente da França,
Nicolas Sarkozy, que agradeceu
a decisão. Granda deve ficar sob
custódia do episcopado do país.
Ao sair da prisão, Granda entrou em um helicóptero acompanhado por seu advogado e
pelo alto comissário da paz,
Luis Carlos Restrepo. O governo havia dito que liberaria
Granda para que servisse de negociador da paz com a principal
guerrilha ainda ativa no país.
Granda, mais alto dirigente
das Farc em poder do governo
colombiano, foi preso em 2004
na Venezuela, em uma operação que desatou uma crise diplomática com Caracas. Em
maio, ele foi condenado a quase
seis anos de reclusão por "rebelião". O Paraguai pede sua extradição, já que Granda foi processado no país pelo suposto
envolvimento no seqüestro da
filha do ex-presidente paraguaio Raúl Cubas, em 2001.
Na última sexta-feira, um
funcionário da Presidência colombiana havia dito à agência
France Presse que Granda iria
se encontrar com o presidente
francês, Nicolas Sarkozy, para
levar uma prova de que a ex-candidata à Presidência Ingrid
Betancourt está viva. Betancourt, que tem também a nacionalidade francesa, está em
poder das Farc há cinco anos.
O governo colombiano havia
negado e o governo francês
considerou ontem o fato uma
"possibilidade hipotética".
Ontem, um primeiro grupo
dos 193 presos que devem ser
libertados assinou um acordo
se comprometendo, entre outras coisas, a "se desmobilizar"
e a "trabalhar pela paz".
Anteontem, as Farc qualificaram de "farsa" a iniciativa
unilateral de Uribe e afirmaram que não libertarão os 56
reféns em poder do grupo.
A guerrilha assegura que
mantém sua proposta de negociar a troca de reféns por rebeldes presos, mas insiste na necessidade de que, para isso, o
governo retire as tropas de um
território na região sudoeste do
país. Uribe rejeita a desmilitarização de território.
Carta-bomba
Ontem, o vice-ministro colombiano da Educação, Gabriel
Burgos, ficou ferido ao abrir
uma carta-bomba recebida por
ele em sua sala do Ministério da
Educação, no centro de Bogotá.
Burgos foi levado com urgência
a uma clínica médica onde foi
constatado que ele sofreu ferimentos nos braços e no peito. A
polícia investiga o atentado.
Com agências internacionais
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