São Paulo, segunda-feira, 05 de julho de 2004

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Com livro, Justin Frank quebrou regra

DA REPORTAGEM LOCAL

No dia 7 do mês passado, a Folha publicou nesta mesma seção uma entrevista com o psiquiatra Jerrold M. Post, fundador do Centro de Análise de Personalidade e Comportamento Político da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos.
Nela, o colega de Justin Frank -ambos dão aula na mesma universidade, George Washington, na capital dos EUA, e se conhecem- dizia que só perfilava psicologicamente líderes estrangeiros porque o código de ética de sua profissão o impedia de fazer o mesmo com presidentes americanos durante seus mandatos.
"A mim, como a Jerrold, também não é permitido fazer este perfil, mas eu fiz mesmo assim", disse Frank. "Decidi que não agüentava mais essa situação." Mesmo assim, afirmou ele, nem mesmo seu colega Post respeitou sempre o código.
"Jerrold fez um perfil de Bill Clinton enquanto ele era presidente", afirma. "E fez bem: é importante conhecermos a cabeça de quem manda no país, quão saudáveis eles são ou não são."
Ele sofreu alguma conseqüência desde a publicação do livro, no mês passado? "Ainda não", ri. "Mas sei que posso vir a sofrer. Não faz mal. Por que nós, psiquiatras, que somos experts e pensamos no assunto, não podemos dar declarações públicas? Especialmente depois de estudar tanto. Jerrold não fala aleatoriamente sobre Saddam Hussein, ele o estudou por anos. Pois comigo acontece o mesmo, estudei muito o presidente Bush, sei do que estou falando."


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