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ÁSIA
Plano piloto prevê incentivo a casal com duas filhas
Falta de mulheres leva China a repensar política de natalidade
DA EFE
Para evitar que faltem mulheres
no futuro, o governo chinês estuda colocar em prática neste mês
um projeto piloto em áreas rurais
que relaxa a estrita política de natalidade no país, que tem cerca de
1,2 bilhão de habitantes.
Atualmente, quem tem um segundo filho recebe punições. No
plano piloto, em vez de punir os
casais que tiverem uma segunda
criança, o governo os estimulará
-desde que sejam do sexo feminino. Para cada filha, o casal receberá uma ajuda de US$ 72 anuais
-valor relevante para as regiões
mais pobres do país.
Até agora, o governo recompensa com subsídios temporários
apenas após o nascimento da primeira criança do casal.
Temendo a punição, alguns casais optam pelo aborto. Além disso, nas áreas rurais da China, ter
uma filha é considerado um mau
negócio.
É preferível ter um filho a uma
filha, pois o homem é considerado mais útil para o trabalho na
terra, garante a preservação do
sobrenome família, e os pais se
sentem desprotegidos com uma
filha, pois a mulher passa a "pertencer" à família do marido quando se casa.
Devido à atual política, além dos
abortos, muitas meninas são deixadas sozinhas. Os orfanatos estão cheios de crianças do sexo feminino e começa a crescer o desequilíbrio entre homens e mulheres. Na China, nascem atualmente
117 meninos para cada 100 meninas -em algumas Províncias a
proporção é de 130 para cada 100.
A média mundial é de 107 homens para cada 100 meninas.
Se for bem-sucedido, o plano
será estendido a todo o país.
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