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4 membros de mesma família são atacados
DE NOVA YORK
Não é a primeira vez que
Staten Island vê uma onda
de violência contra mexicanos. Em 2003, foram registrados 21 casos. Desde então, dizem moradores, as
agressões nunca cessaram.
Numa madrugada de junho, Blanca Galindo, 36,
viu o pai de 53 anos chegar
em casa com o rosto ensanguentado.
"Eu estava dormindo
quando ele chegou e não
quis me acordar. Tomou
duas cervejas para ver se a
dor diminuía, mas não funcionou. Ele não queria ir ao
hospital, com medo de perder o emprego. Acabou ficando três dias na terapia
intensiva", conta Blanca.
Alejandro Galindo, seu
pai, voltava de bicicleta do
trabalho quando uma gangue o cercou e o agrediu,
"gritando insultos", mas
sem roubar nada. Já era o
quarto caso na família de
Blanca.
"O primeiro foi o meu irmão, há uns oito anos. Um
ano depois, o meu marido,
que chegou a ter a cabeça
cortada com uma garrafa."
No terceiro, o marido de
Blanca foi vítima de agressores armados. Nenhum
dos casos terminou em homicídio.
Moradora de Staten Island há 15 anos, ela diz ter
medo de andar na rua, mas
não quer voltar ao México,
"onde há muita violência,
por causa do tráfico".
Afirma que tampouco
tem dinheiro para se mudar
para outro bairro ou cidade
dentro dos EUA. "Temos de
aprender a viver com isso."
Enquanto o problema
não se resolve, os latinos de
Staten Island têm desenvolvido o hábito de não andar
sozinhos e nem em ruas escuras. Mesmo assim, ainda
preferem os EUA.
(CF)
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