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Iraque compra US$ 100 mi em armamento da China
Presidente Talabani diz que EUA não conseguem atender demanda iraquiana
Câmara aprova lei que permite julgar em cortes dos EUA agentes particulares de segurança que operem em zonas de conflito
DA REDAÇÃO
O governo iraquiano encomendou recentemente US$
100 milhões em armamento leve da China. A informação foi
dada ao jornal americano
"Washington Post" pelo presidente do Iraque, Jalal Talabani.
Segundo Talabani, que está
nos EUA, o contrato de importação com a China deve-se à incapacidade dos americanos de
suprir o país do Oriente Médio
com as armas de que necessita
para municiar seu Exército e
seus policiais. "A capacidade
das fábricas [de armas] aqui
não basta para nos suprir rapidamente", disse o presidente
do Iraque ao "Post", queixando-se também da demora na
entrega das encomendas.
O negócio com a China preocupa analistas militares, que
ressaltaram ao periódico americano que o governo do Iraque
não consegue impedir que muitas dessas armas que chegam
dos EUA caiam nas mãos da insurgência. De fato, um relatório
do governo americano divulgado neste ano concluiu que não
há registro de destino de 30%
do armamento que os EUA distribuíram às forças de segurança iraquianas desde 2004.
O governo dos EUA admite
que não tem conseguido atender à demanda de armas do Iraque. Além de "problemas para a
entrega", segundo o "Washington Post", as fábricas têm voltado sua produção primeiramente para suprir as próprias forças
americanas, diz Washington.
Blackwater
Ontem a Câmara dos Representantes (deputados) dos
EUA aprovou projeto que torna
todos os funcionários de empresas privadas trabalhando no
Iraque e em outras áreas de
combate suscetíveis a julgamento por cortes americanas.
A medida suprime o vácuo legal em que operam os agentes
de empresas de segurança que
trabalham no Iraque, embora
não dê ao governo iraquiano o
direito de os julgar.
Em 16 de setembro último,
agentes da companhia de segurança dos EUA Blackwater envolveram-se em um tiroteio em
Bagdá no qual morreram 11 iraquianos, dez deles civis. O caso
gerou protestos do governo do
Iraque e trouxe à tona a questão da impunidade desse agentes, garantida pela Ordem 17.
Assinada em 2004, no então
governo provisório dos EUA, a
ordem estabelece que os "soldados privados" no país estão
imunes à Justiça iraquiana.
Com agências internacionais e o "New York Times"
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