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Nova geração de grupos criminosos atua no país
NEWTON CARLOS
ESPECIAL PARA A FOLHA
Uma nova geração de grupos armados ilegais e de traficantes de drogas ultrapassou as Farc (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia) e o ELN (Exército de Libertação Nacional) como
fonte de violência no pais.
Foi o que constatou o Indepaz (Instituto para o Desenvolvimento e a Paz) em pesquisas conduzidas a partir de
sua sede em Bogotá.
As quadrilhas de traficantes de drogas "ganharam força nos últimos anos, são extremamente violentas e hoje
têm 13 mil homens".
O Indepaz diz que a desarticulação dos grupo paramilitares em 2006, um dos grandes feitos do governo anterior, acabou abrindo espaços
para os traficantes.
A nova geração dos grupos
armados é extremamente
violenta e consegue recursos
sobretudo com a produção e
venda de cocaína. Ela não
tem uma agenda política. É
ativa em 29 das 32 Províncias
colombianas. Usa nomes como "Águias Negras".
O novo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos,
promete continuar o combate ao tráfico de drogas com a
ajuda dos Estados Unidos, tema de discussões internas
nem sempre favoráveis.
O Indepaz, em suas pesquisas, cujas conclusões são
encaradas como alarmantes,
usou informações colhidas
em arquivos do próprio governo e de suas forças de segurança, além do que ele
mesmo pesquisou.
Santos quer agora a aprovação de projeto de lei, já
mandado ao Congresso,
compensando as vítimas dos
conflitos internos.
Mais de 3 milhões de colombianos tiveram de abandonar seus lares. Eles receberão o que Santos chama de
"compensação simbólica",
além de assistência social e
psicológica ao longo de 15
anos. Ele quer que o Congresso aprove a lei o mais rapidamente possível.
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