São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2010

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Nova geração de grupos criminosos atua no país

NEWTON CARLOS
ESPECIAL PARA A FOLHA

Uma nova geração de grupos armados ilegais e de traficantes de drogas ultrapassou as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o ELN (Exército de Libertação Nacional) como fonte de violência no pais.
Foi o que constatou o Indepaz (Instituto para o Desenvolvimento e a Paz) em pesquisas conduzidas a partir de sua sede em Bogotá.
As quadrilhas de traficantes de drogas "ganharam força nos últimos anos, são extremamente violentas e hoje têm 13 mil homens".
O Indepaz diz que a desarticulação dos grupo paramilitares em 2006, um dos grandes feitos do governo anterior, acabou abrindo espaços para os traficantes.
A nova geração dos grupos armados é extremamente violenta e consegue recursos sobretudo com a produção e venda de cocaína. Ela não tem uma agenda política. É ativa em 29 das 32 Províncias colombianas. Usa nomes como "Águias Negras".
O novo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, promete continuar o combate ao tráfico de drogas com a ajuda dos Estados Unidos, tema de discussões internas nem sempre favoráveis.
O Indepaz, em suas pesquisas, cujas conclusões são encaradas como alarmantes, usou informações colhidas em arquivos do próprio governo e de suas forças de segurança, além do que ele mesmo pesquisou.
Santos quer agora a aprovação de projeto de lei, já mandado ao Congresso, compensando as vítimas dos conflitos internos.
Mais de 3 milhões de colombianos tiveram de abandonar seus lares. Eles receberão o que Santos chama de "compensação simbólica", além de assistência social e psicológica ao longo de 15 anos. Ele quer que o Congresso aprove a lei o mais rapidamente possível.


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