São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2010

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FOCO

Evo fica de molho após dividida

Major quis prender opositor que acertou presidente, mas prefeito de La Paz não deixou

3.out.2010 - ‘La Razón’
Evo Morales, após se contundir em jogo contra a oposição

ADRIANO FERNANDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma "pelada" contra um partido da oposição, no domingo, rendeu ao presidente da Bolívia, Evo Morales, um hematoma na perna direita e três dias de repouso.
Segundo comunicado do governo, Morales está com dificuldade de caminhar, sente dores, e deverá passar por um tratamento a gelo para se recuperar da contusão.
A equipe de Morales jogava em La Paz contra o time do prefeito da capital, Luis Revilla, do Movimento Sem Medo (MSM). O partido faz oposição ao governo federal.
Segundo o jornal boliviano "La Prensa", depois de ser atingido, Morales, irritado, tentou revidar com uma joelhada. Foi contido, porém, pelo prefeito de La Paz.
O autor da entrada violenta, Daniel Cartagena, funcionário da prefeitura, acabou sendo expulso da partida. Um major da polícia local quis prendê-lo, mas o prefeito entendeu que a medida não seria necessária.
"Em nenhum momento, tive má intenção. Nunca quis agredir o presidente", disse Cartagena ao jornal boliviano "La Razón".
A partida amistosa fez parte da inauguração de uma quadra pública de grama sintética. Acabou em 4 a 4 (Morales fez um gol, ainda mancando) e registrou duas expulsões para cada lado.
O médico que atendeu o presidente também receitou fisioterapia, analgésicos e anti-inflamatórios, além de um curativo na perna por conta de escoriações na pele.

TORCEDOR
Evo Morales é um grande fã de futebol. Em 2008, junto com o argentino Diego Maradona, protagonizou uma campanha para convencer a Fifa a permitir jogos na altitude boliviana, sempre polêmicos por causa do ar rarefeito.
No ano passado, descontente com os resultados da seleção nas Eliminatórias para a Copa do Mundo (os bolivianos ficaram na penúltima posição), o presidente cogitou estatizar o futebol local. A Fifa, no entanto, proíbe qualquer tipo de intervenção de governos no esporte.
Além de resultados inexpressivos, o futebol boliviano sofre com problemas políticos: o início do campeonato nacional de 2010 atrasou por conta de uma ameaça de greve dos jogadores.


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