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PERSONALIDADE
Embaixadora dos EUA na França, que sofreu hemorragia cerebral, será enterrada em Nova York
Pamela Harriman morre aos 76 em Paris
de Washington
A embaixadora dos EUA em Paris, Pamela Harriman, morreu ontem, aos 76 anos, de hemorragia
cerebral. Seu corpo será enterrado
em Nova York, após serviços fúnebres em Paris e Washington.
O presidente Bill Clinton disse
que Harriman havia sido ``uma
inspiração'' para ele e ``uma extraordinária embaixadora que ganhou a confiança dos líderes e a
admiração dos povos''.
Pamela Digby Churchill Hayward Harriman nasceu em Famborough, Inglaterra, filha de um
barão britânico. Ela se casou três
vezes, sempre com milionários
(Randolph Churchill, Lelan Hayward e Averell Harriman).
Após ter se divorciado de Churchill, filho do líder do Reino Unido
durante a Segunda Guerra Mundial, instalou-se em Paris, onde se
tornou a anfitriã de um ``salão''
frequentado por intelectuais, artistas e empresários.
Entre eles, o dramaturgo Jean
Cocteau, o romancista André Malraux e o estilista Christian Dior.
Namorou o cantor Frank Sinatra,
o dono da Fiat, Gianni Agnelli, e o
banqueiro Elie de Rotschild.
Na década de 60, casada com o
produtor de cinema Leland Hayward (``A Noviça Rebelde''), morou em Los Angeles e Nova York e
passou a frequentar ambientes políticos. Pouco após a morte de
Hayward, em 1971, casou-se com o
diplomata Averel Harriman, que
havia sido governador de Nova
York e era uma das mais importantes lideranças do Partido Democrata, do presidente Clinton.
Em 1972, naturalizou-se como cidadã norte-americana.
Sua casa no bairro de Georgetown, em Washington, se transformou num centro de poder. No
final da década de 80, ela resolveu
investir prestígio e dinheiro no então governador de Arkansas, Bill
Clinton, e co-presidiu sua bem-sucedida campanha presidencial.
Como prêmio, foi nomeada embaixadora em Paris em 1993. Para a
surpresa de muitos diplomatas, ela
se saiu muito bem nas funções e
lidou com desenvoltura com diversas crises na relação entre EUA
e França, em especial em questões
ligadas à ex-Iugoslávia.
Em 1995, ela e os filhos de Harriman chegaram a acordo sobre disputa jurídica pela herança do seu
terceiro marido. Harriman se viu
em dificuldades financeiras e leiloou sua coleção de arte, que incluía obras de Picasso e Matisse.
(CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA)
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