São Paulo, segunda-feira, 06 de fevereiro de 2006

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AMÉRICA LATINA

Objetivo é armar população para conter possível invasão americana

Chávez quer "1 milhão de armas"

DA REDAÇÃO

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que comprará armamento suficiente para armar um milhão de venezuelanos para defender o país contra uma suposta invasão norte-americana.
"Vou acelerar a criação da Reserva Militar e da Guarda Territorial. Os 100 mil fuzis russos, recentemente negociados, não são suficientes. A Venezuela precisa ter um milhão de homens e mulheres bem equipados e bem armados", disse Chávez durante uma manifestação anteontem em comemoração ao golpe fracassado que liderou, como tenente-coronel, em 1992.
"Peço permissão para comprar outro carregamento de armas, porque os gringos querem nos desarmar. Temos de defender nossa pátria", afirmou.
Chávez disse ainda que está fazendo contatos com outros países que poderiam vender as armas, "com os quais os EUA não vão poder fazer nada para impedir o equipamento do país".
"Vamos comprar uns lança-foguetes bem bons, bem modernos", disse, segundo o diário venezuelano "El Universal".
No ano passado, além dos 100 mil fuzis Kalashnikov, o governo Chávez negociou com a Rússia a compra de 40 helicópteros blindados e de ataque, no valor total de US$ 174 milhões. Com a Espanha, fechou um acordo para a compra de equipamentos militares estimado em 1,3 bilhão.
O venezuelano também respondeu a comentários feitos na última quinta-feira pelo secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, comparando Chávez ao ditador nazista, Adolf Hitler.
"A atitude imperialista, genocida e fascista do presidente dos EUA não tem limites. Acho que Hitler seria um bebê de creche perto de George W. Bush."
A troca de farpas entre Washington e Caracas foi retomada na semana passada, quando o governo venezuelano expulsou do país um adido militar americano, acusando-o de espionagem. Em reação, a Casa Branca expulsou dos EUA, no dia seguinte, uma diplomata venezuelana.


Com agências internacionais

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