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AMÉRICA LATINA
Objetivo é armar população para conter possível invasão americana
Chávez quer "1 milhão de armas"
DA REDAÇÃO
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que comprará armamento suficiente para armar um milhão de venezuelanos
para defender o país contra uma
suposta invasão norte-americana.
"Vou acelerar a criação da Reserva Militar e da Guarda Territorial. Os 100 mil fuzis russos, recentemente negociados, não são suficientes. A Venezuela precisa ter
um milhão de homens e mulheres
bem equipados e bem armados",
disse Chávez durante uma manifestação anteontem em comemoração ao golpe fracassado que liderou, como tenente-coronel, em
1992.
"Peço permissão para comprar
outro carregamento de armas,
porque os gringos querem nos
desarmar. Temos de defender
nossa pátria", afirmou.
Chávez disse ainda que está fazendo contatos com outros países
que poderiam vender as armas,
"com os quais os EUA não vão
poder fazer nada para impedir o
equipamento do país".
"Vamos comprar uns lança-foguetes bem bons, bem modernos", disse, segundo o diário venezuelano "El Universal".
No ano passado, além dos 100
mil fuzis Kalashnikov, o governo
Chávez negociou com a Rússia a
compra de 40 helicópteros blindados e de ataque, no valor total
de US$ 174 milhões. Com a Espanha, fechou um acordo para a
compra de equipamentos militares estimado em 1,3 bilhão.
O venezuelano também respondeu a comentários feitos na última quinta-feira pelo secretário da
Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, comparando Chávez ao ditador nazista, Adolf Hitler.
"A atitude imperialista, genocida e fascista do presidente dos
EUA não tem limites. Acho que
Hitler seria um bebê de creche
perto de George W. Bush."
A troca de farpas entre Washington e Caracas foi retomada
na semana passada, quando o governo venezuelano expulsou do
país um adido militar americano,
acusando-o de espionagem. Em
reação, a Casa Branca expulsou
dos EUA, no dia seguinte, uma diplomata venezuelana.
Com agências internacionais
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