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Hamas está fortalecido, diz pesquisa
DA REDAÇÃO
A ofensiva de Israel em Gaza fortaleceu o Hamas. Se
eleições palestinas fossem
realizadas hoje, o grupo islâmico teria 28,6% dos votos,
contra 27,9% do rival secular
Fatah, segundo pesquisa divulgada pelo Centro de Mídia e Comunicação Jerusalém (JMCC, em inglês). Em
abril do ano passado, o Fatah
venceria por 34% a 19,3%.
Entre os dias 29 e 31 de janeiro, foram entrevistadas
1.198 pessoas em Gaza e na
Cisjordânia -com margem
de erro de três pontos.
O Hamas venceu as eleições legislativas de janeiro
de 2006, mas o governo que
liderava foi desautorizado
pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP),
Mahmoud Abbas, depois que
o grupo expulsou o Fatah de
Gaza, em 2007. O mandato
de Abbas, do Fatah, terminou em janeiro, e a convocação de eleições gerais -para
Parlamento e Presidência-
faz parte de negociações, até
agora inconclusivas, para um
eventual reatamento entre
os dois grupos.
Segundo a pesquisa, Hamas e Fatah despertam hoje
a mesma confiança -27,7% a
26%, dentro da margem de
erro. Em novembro, o Fatah
era confiável para 31,1%,
contra 16,6% do Hamas.
A popularidade de Ismail
Haniyeh, líder do Hamas que
foi premiê no gabinete desautorizado por Abbas, passou de 12,8%, em outubro,
para 21,1%. Já Abbas, que hoje tem controle apenas sobre
parte da Cisjordânia, tem
13,4% de popularidade, contra 15,5% em outubro.
A pesquisa revela, no entanto, que boa parte do aumento do apoio ao Hamas
concentra-se na Cisjordânia.
Lá, o Hamas obteria 29%,
contra 24,5% do Fatah. Em
Gaza, onde 1.300 pessoas
morreram na ofensiva israelense, o Fatah superaria o
Hamas por 33,6% a 28%.
A pesquisa mostra ainda
que 46,7% dos palestinos
acham que o Hamas venceu a
guerra -53,3% na Cisjordânia e 35,2% em Gaza-,
50,8% acreditam que os foguetes lançados contra Israel
contribuem para os objetivos nacionais e 54,8%
apoiam a solução dos dois
Estados para o conflito com
Israel -contra 18,4% que
apoiam um Estado binacional, com judeus e árabes, na
Palestina histórica.
Ontem, um membro da
delegação do Hamas que havia ido ao Egito para negociar
um cessar-fogo permanente
com Israel foi detido na passagem de Rafah com mais de
US$ 10 milhões. O montante
foi depositado em um banco
egípcio, e ele entrou em Gaza. No Mediterrâneo, a Marinha israelense deteve uma
embarcação com ajuda humanitária proveniente do Líbano para Gaza.
Com agências internacionais
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