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ORIENTE MÉDIO
Remoção de assentamentos ocorrerá após eleição presidencial para impedir influência negativa
Sob pressão dos EUA, Israel adia saída de Gaza
DA REDAÇÃO
O plano do premiê israelense,
Ariel Sharon, de remover unilateralmente os assentamentos judaicos da faixa de Gaza e em partes
da Cisjordânia será adiado até a
realização das eleições presidenciais dos EUA, em novembro.
A decisão, segundo o diário israelense "Maariv", foi tomada
após pressões de Washington,
que teme que a retirada possa
provocar um caos nas áreas palestinas, minando os esforços dos
EUA para pacificar a região.
Em encontro anteontem, o premiê Sharon e o ministro da Defesa, Shaul Mofaz, chegaram à conclusão de que é melhor ceder aos
Estados Unidos. O ministro deverá informar a posição israelense
em visita a Washington na semana que vem.
Os EUA, principal aliado de Israel, começam a se movimentar
em direção à aceitação do plano
israelense de remover unilateralmente os assentamentos. Até agora, os americanos defendem o
plano de paz que prevê que todas
as medidas tomadas na região devam ser acordadas entre israelenses e palestinos.
O plano de Sharon tem sido duramente criticado pela extrema
direita israelense. Ela afirma que a
remoção seria um prêmio para os
terroristas. Ao redor de 7.800 colonos judeus vivem na faixa de
Gaza.
Pós-Arafat
O diário israelense "Haaretz"
afirmou ontem que o Exército de
Israel fez simulações sobre o que
pode acontecer no dia que o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat,
morrer. Os militares tentaram antecipar qual seria o lugar do enterro, as rotas do funeral, possíveis
manifestações e tentativas de golpe por parte dos grupos terroristas islâmicos. O governo israelense não divulgou detalhes do plano. Há dúvidas sobre qual seria o
local do enterro de Arafat -provavelmente Jerusalém Oriental.
Israel fechou as fronteiras com
as áreas palestinas até segunda-feira devido ao Purim -uma festa judaica- impedindo a entrada
de milhares de palestinos.
Com agências internacionais
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