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Anistia reconhece esforços no Brasil
DA REDAÇÃO
"No Brasil existe um reconhecimento do problema, mas ainda
há muito o que fazer para combater a violência contra as mulheres", afirma Tim Cahill, pesquisador sobre o Brasil da Anistia Internacional.
"A questão da violência contra a
mulher no Brasil é um problema
generalizado, que afeta todas as
classes sociais e todas as partes do
país, como em todo o mundo",
diz o pesquisador. Ele aponta o
combate à violência doméstica
como uma das prioridades do trabalho a ser feito no país.
De positivo, Cahill destaca esforços como a criação de delegacias da mulher e a modificação
das leis para que casos de agressão
possam ser julgados rapidamente
pelos juizados especiais criminais.
No último caso, porém, ele observa que os efeitos da medida não
produzem bons resultados na
prática. "Os homens que espancam acabam sendo punidos com
o pagamento de cestas básicas.
No caso das famílias pobres, acabam afetando a mulher, por tirar
dinheiro da família. Ou então o
homem paga a multa e continua
batendo."
Uma das menções ao Brasil no
relatório da ONG vai para a música "Um Tapinha Não Dói", hit de
três anos atrás da funkeira MC
Beth. A letra ("Se te bota maluquinha / um tapinha eu vou te dar /
Porque / Dói, um tapinha não
dói") é usada como exemplo de
uma grande aceitação cultural da
submissão feminina. "A mídia às
vezes estimula a visão de que a
violência contra a mulher é aceitável, até sexy", diz o relatório.
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