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Texas tem 2ª morte por gripe nos EUA
Vítima é mulher que vivia perto da fronteira com o México; infectados por doença no país chegam a 403 em 38 Estados
Governo americano começa, entretanto, a afrouxar as medidas de precaução e já não recomenda fechamento preventivo de escolas no país
ANDREA MURTA
DE NOVA YORK
O governo do Texas anunciou ontem a segunda morte
nos EUA causada pela influenza A (H1N1), que vinha sendo
chamada de gripe suína.
A vítima, que tinha 33 anos,
era uma professora que vivia na
cidade de Harlingen, próxima à
fronteira com o México, e tinha
outros problemas médicos crônicos, segundo o Departamento de Serviços de Saúde do Estado. Ela teve um bebê recentemente. A criança está saudável.
Testes em outras pessoas da família não acusaram o vírus.
"Não quero que as pessoas
entrem em pânico", disse o epidemiologista Leonel Lopez. "A
morte foi uma combinação de
condições preexistentes e a gripe, que fez as coisas piorarem."
O número de casos confirmados da doença nos EUA chegou
a 403, distribuídos por 38 Estados. No Texas, há 61 casos.
O Centro de Controle de
Doenças (CDC) dos EUA até a
noite de ontem não havia confirmado a nova morte em seu
website. Estava listada como
única fatalidade causada pela
doença no país a de um bebê
mexicano que visitava parentes
no Texas no mês passado. Acredita-se que ele tenha contraído
o vírus na Cidade do México, e
também neste caso médicos
descreveram a presença de
problemas de saúde anteriores.
Pouco antes, a secretária da
Saúde dos EUA, Kathleen Sebelius, afirmara em entrevista
coletiva que cientistas estão cada vez mais confiantes em que
o surto não será tão sério quanto se temeu inicialmente. O diretor interino do CDC, Richard
Besser, disse que a situação no
México, onde o surto é mais
grave, está se estabilizando.
Funcionários do governo disseram também não estar mais
orientando escolas a fecharem
suas portas nos EUA quando
encontram casos confirmados
da doença. Em vez disso, a indicação é para os pais de crianças
com sintomas da gripe manterem os filhos em casa por ao
menos uma semana.
Há uma semana, o CDC recomendava que as escolas com
casos confirmados cancelassem as aulas por até 14 dias.
Cerca de 750 escolas no país seguiram a recomendação.
Iniciativa global
No mesmo dia, em Washington, o presidente Barack Obama usou o surto da influenza A
(H1N1) para defender o que
chamou de "iniciativa global de
saúde". Ele pressiona o Congresso pela liberação de US$ 63
bilhões em seis anos -mais de
US$ 8 bilhões apenas para o
ano fiscal de 2010.
"O vírus nos lembrou da urgência por uma ação (...); o
mundo está interconectado, e
isso exige uma abordagem integrada pela saúde global."
A intenção anunciada é melhorar sistemas de saúde ao redor do mundo para lutar contra
doenças como Aids, malária e
tuberculose. Apenas a luta contra a Aids levaria 70% da verba.
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