São Paulo, segunda-feira, 06 de junho de 2011

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Oposição do Iêmen celebra "fim" de regime

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A viagem do ditador do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, para a Arábia Saudita a fim de tratar ferimentos causados por um ataque na sexta fez com que seus opositores festejassem ontem o fim de um regime que já dura 33 anos.
"Hoje, um novo Iêmen nasce", disseram dezenas de jovens em local próximo à Universidade de Sanaa. Não se sabe, no entanto, se Saleh voltará após o fim do seu tratamento, que não tem prazo.
De acordo com a Constituição, o vice-presidente iemenita, Abdel Rabo Mandsur Hadi, é o responsável pelo governo na ausência do chefe de Estado.
O problema é que, até o momento, não houve qualquer declaração nesse sentido. Não se sabe se os filhos e sobrinhos de Saleh podem dificultar essa concessão de poder temporária, mesmo prevista constitucionalmente, com receio de que Hadi não saia mais do poder.
O filho mais velho de Saleh, Ahmed, e seus sobrinhos controlam os principais órgãos de segurança, com destaque para a Guarda Republicana, uma unidade de elite.
A oposição aproveita a hospitalização de Saleh, que apresenta queimaduras e arranhões no rosto e no peito, para pressionar por sua saída em caráter definitivo.
"É o começo do fim de um regime tirânico e corrupto. Faremos o possível para impedir o retorno", declarou o porta-voz da oposição parlamentar, Mohamed Qahtan.


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