São Paulo, segunda, 6 de julho de 1998

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NOVA COPA
Presidente cita união da seleção
Khatami quer que país copie time de futebol

das agências internacionais

O presidente iraniano, Mohammad Khatami, definiu os esforços do time de futebol de seu país na Copa do Mundo como um exemplo de unidade e esforço coletivo que todo o país deveria seguir.
O presidente, cujo governo moderado encontra resistência das forças conservadoras, utilizou uma cerimônia de homenagem aos jogadores, após retornarem da França, para dizer que a sociedade iraniana necessita de tolerância para as visões oposicionistas.
"Não estamos sendo capazes de ajudar uns aos outros para estabelecer uma sistema desejável porque, infelizmente, não somos tolerantes", disse o presidente.
Khatami afirmou que a falta de tolerância vem de "uma doença histórica" proveniente da ausência de liberdade de escolha no país desde a Revolução Islâmica, em 1979.
O time iraniano, considerado um dos mais fracos do torneio mundial, surpreendeu com a vitória de 2 a 1 sobre os Estados Unidos e fez boas apresentações, apesar de perder para a Iugoslávia e a Alemanha.
Khatami foi eleito no ano passado em vitória sobre os conservadores, com uma plataforma de reforma política e social. Obteve cerca de 70% dos votos.

Denúncia de corrupção
Uma corte iraniana fez ontem novas acusações de corrupção contra o prefeito de Teerã, Gholamhossein Karbastchi, aliado do presidente Khatami.
O prefeito é acusado de obter contribuições ilegais de empresas particulares para a campanha de Khatami, no ano passado, e para a campanha de candidatos moderados para as eleições legislativas de 1996.
Karbastchi nega as acusações e diz que elas são baseadas em confissões obtidas sob pressão e tortura em autoridades civis que estão encarceradas.
Segundo o prefeito de Teerã, funcionários municipais foram torturados para que confessassem ações que o incriminam.



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