São Paulo, quarta, 6 de agosto de 1997.



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DESASTRE
Boeing-747/300 da Korean Air ia da Coréia do Sul para Guam, no oceano Pacífico; pelo menos 29 sobrevivem
Avião cai em ilha dos EUA com 254 a bordo

das agências internacionais

Um avião Boeing-747/300 da Korean Air com 254 pessoas a bordo caiu e incendiou-se ontem em Guam, ilha do Pacífico administrada pelos EUA. Segundo autoridades locais, há pelo menos 29 sobreviventes.
Um funcionário da empresa sul-coreana de aviação disse que o vôo 801, vindo de Seul, já havia recebido autorização para pousar em Agaña, a capital de Guam, quando desapareceu dos radares.
O avião caiu em uma região de vegetação densa a cerca de 5 km do aeroporto internacional A. B. Won Pat. Segundo moradores da área, no momento do acidente caía uma forte chuva.
Suh Kang-Yoon, porta-voz da Korean Air, afirmou que o avião Boeing-747/300 levava 231 passageiros e 23 tripulantes.
"Acreditamos que haja 29 ou 30 sobreviventes. A maioria deles foi levada para o centro médico da Marinha", declarou Andrew Murphy, porta-voz da Autoridade do Aeroporto de Guam.
A maioria dos passageiros são sul-coreanos em férias. Segundo uma autoridade da Coréia do Sul, no avião havia 13 estrangeiros, em sua maioria norte-americanos, três crianças e um importante deputado -Shin Ki-ha, ex-líder no Parlamento do Congresso Nacional para Novas Políticas, o principal partido oposicionista.
Uma grande operação de resgate, utilizando helicópteros e escavadeiras para chegar aos destroços do avião, foi iniciada. Diversos hospitais da área estavam em alerta para receber feridos.
Helicópteros da Marinha dos EUA realizam o transporte dos sobreviventes.
Causas
As causas do acidente são desconhecidas. A Administração Federal de Aviação (FAA, em inglês), o órgão responsável pelo controle de aeronaves nos EUA, iniciou uma investigação sobre a queda. Os primeiros relatos apontavam para problemas nas turbinas ou dificuldades devido às fortes chuvas. A visibilidade, no momento do acidente, estava em 1,6 km.
Segundo Ginger Cruz, porta-voz do governo de Guam, diversas explosões foram ouvidas depois do impacto.
Em Washington (EUA), autoridades da Casa Branca (sede do governo do país) disseram haver informações não confirmadas de que o piloto do avião falou de um incêndio a bordo antes da queda.
"O piloto declarou emergência devido a um possível incêndio a bordo", afirmou uma autoridade que não quis ser identificada.
Engenheiros de segurança da Boeing, o fabricante do avião, estavam se preparando ontem para ir a Guam ajudar na investigação das causas do acidente. Os engenheiros estavam aguardando a confirmação oficial da queda.



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