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Olmert e Abbas se reúnem por paz
Encontro dos dois líderes é a primeira em território ocupado por Israel e visa "acordo de princípios"
Entre os temas a serem tratados na reunião estão a retirada dos assentados israelenses da Cisjordânia e a divisão de Jerusalém
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, devem se reunir hoje para negociar um acordo de princípios como o primeiro passo para a anunciada conferência de
paz no Oriente Médio.
Segundo fontes da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e
do governo de Olmert, o encontro deve acontecer hoje na cidade de Jericó, na Cisjordânia, e
seria a primeira reunião oficial
dos dois líderes em um território ocupado por Israel.
Se Jericó for confirmada como o local do encontro, esse seria um novo gesto de Olmert
para fortalecer a autoridade de
Abbas. As relações entre Israel
e o líder palestino vêm melhorando desde que Gaza foi tomada pelo grupo radical islâmico
Hamas, rival do Fatah de Abbas, em junho.
Abbas afirmou ontem, em
um encontro com representantes de uma organização árabe-israelense, que espera que a
reunião "tenha substância" e
que não seja "mero protocolo".
Ambas as partes confirmaram que o encontro girará em
torno do "acordo de princípios"
para a conferência de paz que o
governo americano pretende
convocar em novembro.
O acordo serviria para abordar o que a secretária de Estado
dos EUA, Condoleezza Rice,
chamou recentemente de "assuntos fundamentais" para as
bases de um Estado palestino.
"Discutiremos o horizonte
político", disse Saeb Erekat, o
negociador palestinos.
David Baker, um funcionário
do governo Olmert, confirmou
que a reunião será focada na
criação do Estado palestino.
Além do regresso dos refugiados palestinos, outros temas
espinhosos no caminho do processo de paz são a saída dos assentados israelenses da Cisjordânia e o status de Jerusalém.
A parte israelense poderia
oferecer compensações de caráter econômico ante o dilema
dos refugiados. Os palestinos
exigem como condição inexorável a volta dos refugiados em
países árabes vizinhos, algo que
as autoridades israelenses consideram inviável.
Com relação aos assentamentos na Cisjordânia, Olmert
pode oferecer a retirada de até
90% dos assentados, segundo
fontes israelenses, deixando
ainda pendentes as conversas
sobre a condição de Jerusalém.
Israel considera Jerusalém
sua capital "eterna e indivisível", mas as autoridades palestinas não renunciam a fixar na
parte leste da cidade a capital
do seu Estado independente.
Com agências internacionais
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