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Libaneses votam em eleição pacífica, mas tensa
DA REDAÇÃO
Dezenas de milhares de libaneses foram às urnas ontem para eleger substitutos para as vagas de dois deputados da coalizão anti-Síria assassinados, em
meio a um pesado esquema de
segurança nos distritos eleitorais de Beirute e de Metn.
O resultado da votação é considerado crucial para determinar o futuro político de um país
altamente dividido, meses antes da eleição, pelo Parlamento,
do novo presidente.
Contrariando o clima de tensão, a votação se desenrolou em
"uma atmosfera calma e democrática" e houve alta participação, segundo comunicado do
Ministério do Interior.
O premiê Fouad Siniora aclamou as eleições como uma resposta "civilizada" aos assassinatos políticos. "A democracia
no Líbano irá derrotar o terrorismo", disse em nota.
Disputa
A eleição vai definir os substitutos dos deputados Pierre
Gemayel, cristão assassinado a
tiros em novembro do ano passado, e Walid Eido, muçulmano
sunita morto na explosão de
um carro-bomba em Beirute
em junho último.
Ambos eram aliados do governo Siniora, apoiado pelos
EUA, e fortes opositores da Síria, que controlou o Líbano por
29 anos até a retirada em 2005.
Resultados preliminares
apontam uma vitória por larga
vantagem de Mohammad
Amin Itani, um sunita moderado pró-governo, para a vaga
deixada por Eido.
Mas a cadeira reservada aos
cristãos maronitas em Metn
era disputada voto a voto por
dois candidatos, um deles
Amin Gemayel, ex-presidente
do Líbano e pai de Pierre. O outro é Kamil Khoury, apoiado
pelo líder oposicionista cristão
Michel Aoun, ex-comandante
militar e premiê interino aliado
à oposição liderada pelo grupo
radical xiita Hizbollah.
Khoury aparecia vencendo
por estreita margem. Ontem,
tanto ele quanto Gemayel proclamaram vitória e acusaram o
outro lado de fraude. Resultados oficiais seriam anunciados
ainda ontem ou na manhã de
hoje.
Com agências internacionais
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