São Paulo, quinta-feira, 06 de novembro de 2008

Texto Anterior | Índice

Disciplina e calma marcam vida de eleito

DO FINANCIAL TIMES

Na Convenção Democrata de 2000, um obscuro político negro de Illinois tentou sem sucesso conseguir credencial. Após oito anos, 64 milhões de americanos o elegeram presidente. Um deles foi Al Gore, em cuja convenção o jovem senador foi barrado.
Produto livresco de um casamento interracial malsucedido e de uma infância pobre, Barack Obama conquistou a posição mais poderosa do mundo convencendo os compatriotas de que traria a mudança da qual precisavam.
A jornada não foi livre de críticas. Alguns dizem que seu currículo curtíssimo não o qualifica para governar. Outros, que ele é um autoproclamado messias com menos experiência executiva do que Jesus.
Isso talvez seja, em parte, verdade. Mas a imagem que emerge de conversas com pessoas que conviveram com Obama em vários estágios da vida é outra.
"Desde Kennedy, ninguém causou impressão inicial tão boa em mim", disse Zbigniew Brzezinski, assessor de segurança veterano dos democratas.
Filho de uma mãe de 18 anos e pai queniano, Obama passou a infância na penúria, mudando de um lugar para outro. "Viver no exterior e ter pai estrangeiro enriqueceu sua visão de mundo", diz Valerie Jarrett, amiga e mentora por 17 anos, que é cotada para seu gabinete.
Muitos amigos relacionam a paixão de Obama pela conciliação a suas raízes bi-raciais. "Nunca o vi erguer a voz", diz Jarret.
Outra característica mencionada com freqüência é o senso de disciplina de Obama, que decidiu parar de fumar ao mesmo tempo em que lançou a campanha (e quase conseguido) e malhou 30 minutos todas as manhãs durante o período. Mas a campanha brilhante e disciplinada significa que ele será um bom presidente? Ninguém sabe.


Texto Anterior: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.