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Disciplina e calma marcam vida de eleito
DO FINANCIAL TIMES
Na Convenção Democrata de 2000, um obscuro
político negro de Illinois
tentou sem sucesso conseguir credencial. Após oito
anos, 64 milhões de americanos o elegeram presidente. Um deles foi Al Gore, em cuja convenção o jovem senador foi barrado.
Produto livresco de um
casamento interracial
malsucedido e de uma infância pobre, Barack Obama conquistou a posição
mais poderosa do mundo
convencendo os compatriotas de que traria a mudança da qual precisavam.
A jornada não foi livre
de críticas. Alguns dizem
que seu currículo curtíssimo não o qualifica para governar. Outros, que ele é
um autoproclamado messias com menos experiência executiva do que Jesus.
Isso talvez seja, em parte, verdade. Mas a imagem
que emerge de conversas
com pessoas que conviveram com Obama em vários
estágios da vida é outra.
"Desde Kennedy, ninguém causou impressão
inicial tão boa em mim",
disse Zbigniew Brzezinski,
assessor de segurança veterano dos democratas.
Filho de uma mãe de 18
anos e pai queniano, Obama passou a infância na
penúria, mudando de um
lugar para outro. "Viver no
exterior e ter pai estrangeiro enriqueceu sua visão
de mundo", diz Valerie
Jarrett, amiga e mentora
por 17 anos, que é cotada
para seu gabinete.
Muitos amigos relacionam a paixão de Obama
pela conciliação a suas raízes bi-raciais. "Nunca o vi
erguer a voz", diz Jarret.
Outra característica
mencionada com freqüência é o senso de disciplina
de Obama, que decidiu parar de fumar ao mesmo
tempo em que lançou a
campanha (e quase conseguido) e malhou 30 minutos todas as manhãs durante o período. Mas a
campanha brilhante e disciplinada significa que ele
será um bom presidente?
Ninguém sabe.
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