São Paulo, domingo, 06 de novembro de 2011

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Premiê grego negocia que seja formada uma coalizão

George Papandreou sobreviveu a voto de confiança no Parlamento

Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirma em entrevista que a Europa precisará de dez anos para superar crise

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Horas depois de receber um voto de confiança do Parlamento, o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, reuniu-se ontem com o presidente do país, Karolos Papoulias, para negociar a formação de um governo emergencial de coalizão.
O premiê propõe que a aliança interpartidária administre o país pelos próximos quatro meses. Papandreou está disposto a deixar o cargo para tentar superar a grave crise política e econômica.
O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, é o mais cotado para assumir o governo durante a transição.
"A cooperação é necessária para garantir que podemos honrar nossos compromissos", disse Papandreou no encontro com Papoulias.
Não se tem certeza, no entanto, se os partidos de oposição vão participar das negociações e desistir da ideia de uma eleição geral.
Antonis Samaras, do partido conservador Nova Democracia e líder da oposição, recusou novamente participar de um governo de coalizão e pediu que as eleições sejam antecipadas para dezembro. Segundo ele, essa é a "única solução" para a crise.
Samaras se reúne hoje com o presidente grego. Já Papandreou convocou para a tarde uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros.
Anteontem, o premiê obteve 153 votos no Parlamento (três a mais que o necessário) e com isso ganhou o apoio dos parlamentares após uma intensa semana de negociações. Se tivesse perdido, uma nova eleição seria chamada.
Papandreou chegou a ser convocado para uma reunião do G20 em Cannes, na última quarta-feira, depois de ter anunciado a ideia de propor um plebiscito sobre o pacote de ajuda, o que foi posteriormente rejeitado.

UMA DÉCADA
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse ontem que a Europa vai precisar de, pelo menos, dez anos para superar a crise. Merkel afirmou que a dívida tem se acumulado por décadas, o que significa que "não deixará de existir de um dia para outro. Provavelmente leve uma década para que estejamos melhor".
Na Itália, o premiê Silvio Berlusconi, pediu 72 horas para provar que tem maioria no Parlamento. Ao voltar de Cannes, ele recebeu a notícia de que não tinha mais maioria na Câmara dos Deputados.


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