São Paulo, quinta-feira, 07 de fevereiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Israel terá cerca na fronteira com Egito

Governo israelense anuncia construção de barreira de 220 km para vetar entrada de palestinos pelo deserto do Sinai

Três dias após o atentado suicida em Dimona, Hamas promete mais ataques e aumenta lançamento de foguetes artesanais Qassam

DA REDAÇÃO

Como parte de um plano que visa aumentar a pressão sobre a faixa de Gaza, o governo israelense anunciou ontem a construção de uma cerca na fronteira com o Egito para impedir a entrada de militantes palestinos através do deserto do Sinai.
O gabinete de segurança, que se reuniu com representantes do Exército e dos serviços secretos, aprovou a proposta do ministro da Defesa, Ehud Barak, e começará a construir a cerca em duas regiões consideradas mais sensíveis: as áreas próximas das cidades de Eilat e Nitzana. O governo espera que os 220 km da fronteira sejam fechados "em meses".
A cerca será feita de arame farpado e segundo o jornal "Yediot Aharanot", a obra custará cerca de US$ 410 milhões, menos de um quarto do necessário para erguer um muro de concreto, como o que separa atualmente Israel da Cisjordânia.
O governo israelense decidiu implementar o projeto depois que palestinos furaram o bloqueio imposto à faixa de Gaza. No dia 23 de janeiro, militantes do grupo islâmico Hamas derrubaram partes da fronteira de Rafah, que separa Gaza do Egito, permitindo a entrada em território egípcio de milhares de palestinos em busca de alimento e outros produtos.
Segundo o governo de Israel, militantes palestinos aproveitaram os 11 dias em que a área ficou aberta para se abastecer de armamentos, que poderão ser usados em ataques contra alvos civis israelenses.
Israel teme que militantes do Hamas saiam de Gaza em direção ao deserto egípcio do Sinai e, de lá, entrem em território israelense. No atentado suicida de segunda-feira, que matou uma pessoa e feriu 11, na cidade de Dimona, a polícia suspeitou que o camicase poderia ter chegado a Israel pelo Egito. Mas o Hamas, um dos grupos que reivindicou a autoria, afirmou que os autores saíram de Hebron (Cisjordânia).


Com agências internacionais

Texto Anterior: Tornados matam ao menos 54 nos EUA
Próximo Texto: Eleições no Irã: Conservadores vetam 2.400 candidaturas de reformistas
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.