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"Ensaio" de guerra urbana mata até 3.000 iraquianos, dizem EUA
DO "THE NEW YORK TIMES"
O tenente-coronel Eric C.
Schwartz não conseguiu ver muito de Bagdá na manhã de hoje
quando seu batalhão de cerca de
60 tanques, Bradleys e outros veículos blindados avançou pela rodovia 8, passando primeiro por
uma zona residencial e depois por
um bairro industrial não muito
distantes do centro da cidade.
Nos combates do fim de semana, os EUA afirmam que entre
2.000 e 3.000 iraquianos foram
mortos. O Iraque não confirma.
Pelo menos seis soldados norte-americanos foram feridos.
O que ele lembra, depois do final de um dia de combate, são os
soldados iraquianos, as baterias
de artilharias, as metralhadoras
montadas em caminhões, o silvo
e a detonação das granadas propelidas por foguetes, o zumbido
das balas, as ferozes explosões de
carros, presume ele, carregados
de explosivos. "Foram três horas
de caos organizado", diz.
O batalhão do coronel, parte da
3ª Divisão de Infantaria, penetrou
o coração de Bagdá em uma incursão que, aos olhos dos iraquianos, deve ter parecido o início da
invasão da cidade.
Para os comandantes aqui, a
marcha foi tanto uma exibição
psicológica quanto estratégica de
força, que eles esperam ajude a
apressar a queda do ditador Saddam Hussein.
"Não estamos prontos para
avançar e ocupar a cidade", disse
o comandante da divisão, major-general Buford C. Blount III.
Embora a rodovia 8 seja uma estrada importante, ladeada em alguns lugares de acostamentos
amplos, enfeitados por árvores e
arbustos, em outros ela se estreita
de seis para quatro pistas, com
edifícios residenciais e de escritórios de ambos os lados. Ela oferece uma idéia da espécie de combate urbano que os comandantes
da 3ª Divisão de Infantaria desprezam e temem.
A marcha da brigada, da intercessão entre as rodovias 1 e 8, ao
sul de Bagdá, é um percurso de
menos de 25 quilômetros.
O coronel Perkins, o comandante da Segunda Brigada, estima
que 100 veículos tenham sido destruídos. Parte do objetivo parecia
ser provocar reação das forças iraquianas e revelar posições defensivas ocultas.
Um grande caminhão, portando um canhão antiaéreo, avançou
rumo à coluna e foi atingido por
disparos, derrapando para o centro da rodovia e atingindo o carro.
Um carro de família parou na
ilha da rodovia 8, evidentemente
na esperança de escapar à tempestade de fogo que surgiu em
torno dele. Enquanto a coluna
norte-americana prosseguia seu
avanço, um homem, uma mulher
e três crianças a menor das quais
ainda bebê, lutavam, feridos, para
escapar das chamas. O homem,
presumivelmente o pai, estava
deitado de costas. Uma das crianças tivera os dedos praticamente
decepados.
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