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EUA podem ter achado laboratório móvel no Iraque
DA REDAÇÃO
Exames iniciais feitos em um
caminhão encontrado pelas forças americanas no Iraque indicam que talvez o veículo tenha sido utilizado como laboratório
móvel de armas químicas ou biológicas, segundo afirmou uma autoridade do Pentágono. A informação não foi confirmada.
"Nós temos algo que é interessante e continuaremos observando. Exames preliminares indicam
que talvez [o caminhão" seja parte
de um laboratório móvel de armas químicas ou biológicas", disse a autoridade.
Esta, que pediu que não fosse
identificada, disse que ainda não é
possível afirmar se o laboratório
foi utilizado para a fabricação de
armas de destruição em massa.
Segundo ele, o caminhão foi encontrado no norte do Iraque no
mês passado.
Em Paris, outra autoridade
americana afirmou que os EUA
estão próximos de anunciar provas de que o regime do ex-ditador
Saddam Hussein possuía armas
de destruição em massa.
O governo americano afirma
que o Iraque possuía armas químicas e biológicas. Resoluções da
ONU impediam que os iraquianos tivessem essas armas. Saddam sempre negou que as acusações. A suposta existência dessas
armas foi o principal argumento
que os EUA utilizaram para atacar o Iraque. Até agora nenhum
armamento foi encontrado.
"Não há dúvida de que nós vamos encontrar essas armas e a infra-estrutura utilizada para fabricá-las. E acredito que o anúncio
deva ser feito em breve", disse a
autoridade americana em Paris,
que também pediu que não fosse
identificada.
O governo Bush suspeita que o
Iraque utilizava laboratórios móveis para fabricar e armazenar armas químicas e biológicas. O objetivo seria evitar que os inspetores de armas da ONU as encontrassem nas visitas a prédios e instalações militares iraquianos.
O secretário de Estado dos EUA,
Colin Powell, chegou a apresentar
no Conselho de Segurança da
ONU, antes do início dos ataques,
supostas provas de que Saddam
utilizava os laboratórios móveis
para esconder as armas dos inspetores da ONU.
Desde o início dos ataques, já
foram divulgadas informações de
que os EUA teriam encontrado
armamentos de destruição em
massa. Mas descobriu-se depois
que eram alarmes falsos.
As autoridades iraquianas detidas até agora, muitas delas supostamente envolvidas com os programas de armas de destruição
em massa, disseram não ter conhecimento da existência delas.
Os EUA rejeitaram o pedido do
diretor da Agência Internacional
de Energia Atômica (AIEA), o
egípcio Mohamed El Baradei, para que inspetores fossem ao país
para verificar supostos saques de
materiais radioativos. Os EUA
disseram que podem cuidar de
tudo sozinhos, sem a necessidade
dos inspetores.
Museu
O secretário da Justiça dos EUA,
John Ashcroft, afirmou que os saques aos museus de Bagdá foram
obra do crime organizado. Muitos dos itens saqueados, segundo
ele, já teriam sido levados para fora do país. Os saques teriam sido
realizados por ladrões profissionais, que teriam planejado com
antecedência os roubos.
Não foram dadas indicações de
quais seriam esses grupos. A declaração de Ashcroft foi realizada
em conferência sobre segurança
em Lyon (França).
Ajuda humanitária
Poul Nielson, enviado da União
Européia ao Iraque, disse ontem
que a ONU deveria coordenar a
ajuda humanitária no Iraque. Ele
permanecerá em Bagdá por dois
dias.
A Cruz Vermelha Internacional
disse ontem que pretende ter
acesso aos iraquianos detidos pelos EUA e pelo Reino Unido no
Iraque, inclusive os que fazem
parte da lista dos 55 mais procurados. O objetivo é saber como está
a situação deles. Os EUA ainda
não responderam ao pedido feito
pela organização humanitária.
Com agências internacionais
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