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SARS
Em Nanquim, 10 mil estão em isolamento de 14 dias, apesar de a cidade ter somente um caso confirmado até ontem
China põe mais de 26 mil em quarentena
DA REDAÇÃO
A China mantém mais de 26 mil
pessoas sob quarentena, numa
tentativa de conter o avanço da
Sars (síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês), que
continua fora de controle no país.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse ontem que a China é o único país atingido pela moléstia que ainda não ultrapassou o pico da epidemia.
Depois de negligenciar a gravidade da Sars, detectada no país
em novembro, a China passou a
adotar nas últimas semanas medidas cada vez mais duras.
Segundo a OMS, a China concentra 6.055 dos 6.727 casos notificados (90% do total) e 407 das 478 mortes confirmadas (85%).
Em Nanquim, no leste da China, o governo local adotou a medida mais draconiana desde o início da epidemia: 10 mil pessoas
estão sob quarentena, apesar de a
cidade ter confirmado apenas um
caso da doença. A maioria está
isolada em blocos residenciais. A
quarentena dura 14 dias.
Além disso, as pessoas que esconderem sintomas da doença
podem ser presas, e a cidade praticamente vetou a entrada de pessoas vindas de áreas infectadas.
O governo local justificou as
medidas alegando que havia sofrido críticas do governo central
por não adotar uma postura mais
rígida. Também há o medo de a
doença se espalhar pelo delta do
rio Yuan, onde se localiza Xangai,
a maior cidade do país.
Em Pequim, cerca de 16.400
pessoas estão sob quarentena.
Com os hospitais superlotados,
há pacientes isolados em apartamentos, residências universitárias
e até alojamentos de construções.
O governo comunista chinês já
está enfrentando resistência da
população que vive em locais próximos a unidades de quarentena.
Pelo menos três protestos violentos já foram registrados.
Ontem, funcionários do governo disseram que na semana passada centenas de manifestantes na Província de Henan, na região
central da China, derrubaram cercas e paredes de dois hospitais depois da notícia de que pessoas seriam colocadas em quarentena
nessas unidades. Três pessoas teriam sido detidas.
Colômbia
Na Colômbia, uma mulher que
chegou de Hong Kong foi hospitalizada com os sintomas da
doença, mas já se recuperou. A
OMS incluiu a Colômbia na lista
das localidades com casos notificados - é o segundo país da
América Latina, ao lado do Brasil.
Com agências internacionais
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