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São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2003

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SARS

Em Nanquim, 10 mil estão em isolamento de 14 dias, apesar de a cidade ter somente um caso confirmado até ontem

China põe mais de 26 mil em quarentena

DA REDAÇÃO

A China mantém mais de 26 mil pessoas sob quarentena, numa tentativa de conter o avanço da Sars (síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês), que continua fora de controle no país.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse ontem que a China é o único país atingido pela moléstia que ainda não ultrapassou o pico da epidemia.
Depois de negligenciar a gravidade da Sars, detectada no país em novembro, a China passou a adotar nas últimas semanas medidas cada vez mais duras.
Segundo a OMS, a China concentra 6.055 dos 6.727 casos notificados (90% do total) e 407 das 478 mortes confirmadas (85%).
Em Nanquim, no leste da China, o governo local adotou a medida mais draconiana desde o início da epidemia: 10 mil pessoas estão sob quarentena, apesar de a cidade ter confirmado apenas um caso da doença. A maioria está isolada em blocos residenciais. A quarentena dura 14 dias.
Além disso, as pessoas que esconderem sintomas da doença podem ser presas, e a cidade praticamente vetou a entrada de pessoas vindas de áreas infectadas.
O governo local justificou as medidas alegando que havia sofrido críticas do governo central por não adotar uma postura mais rígida. Também há o medo de a doença se espalhar pelo delta do rio Yuan, onde se localiza Xangai, a maior cidade do país.
Em Pequim, cerca de 16.400 pessoas estão sob quarentena. Com os hospitais superlotados, há pacientes isolados em apartamentos, residências universitárias e até alojamentos de construções.
O governo comunista chinês já está enfrentando resistência da população que vive em locais próximos a unidades de quarentena. Pelo menos três protestos violentos já foram registrados.
Ontem, funcionários do governo disseram que na semana passada centenas de manifestantes na Província de Henan, na região central da China, derrubaram cercas e paredes de dois hospitais depois da notícia de que pessoas seriam colocadas em quarentena nessas unidades. Três pessoas teriam sido detidas.

Colômbia
Na Colômbia, uma mulher que chegou de Hong Kong foi hospitalizada com os sintomas da doença, mas já se recuperou. A OMS incluiu a Colômbia na lista das localidades com casos notificados - é o segundo país da América Latina, ao lado do Brasil.


Com agências internacionais


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