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CRIME
Carta de Tornay não chegou à família
Irmã de acusado faz
críticas ao Vaticano
das agências internacionais
A irmã do cabo responsabilizado
pela morte do chefe da Guarda
Suíça e de sua mulher disse ontem
que o Vaticano "evita contar toda
a verdade" sobre o incidente.
Segundo Melinda Tornay, irmã
do cabo Cedric Tornay, 23, a família ainda não recebeu a carta que
teria sido escrita por ele anteontem, no dia do crime.
A existência da carta foi revelada
pelo porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Vals. Tornay a teria
dado a um colega horas antes do
crime. Ele teria ainda pedido que
fosse entregue a seus pais caso algo lhe acontecesse.
Segundo versão do Vaticano,
Tornay matou Alois Estermann,
43, recém nomeado comandante
da Guarda Suíça, e sua mulher, a
venezuelana Gladys Meza, 49, suicidando-se em seguida.
O guarda teria tido um "surto
de loucura" por causa de problemas pessoais e com o superior.
O papa João Paulo 2º rezou ontem em uma capela do Vaticano
pelos mortos no incidente.
Ele mandou condolências às famílias e disse que Tornay enfrentará o "julgamento de Deus".
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