São Paulo, quinta, 7 de maio de 1998

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CRIME
Carta de Tornay não chegou à família
Irmã de acusado faz críticas ao Vaticano

das agências internacionais

A irmã do cabo responsabilizado pela morte do chefe da Guarda Suíça e de sua mulher disse ontem que o Vaticano "evita contar toda a verdade" sobre o incidente.
Segundo Melinda Tornay, irmã do cabo Cedric Tornay, 23, a família ainda não recebeu a carta que teria sido escrita por ele anteontem, no dia do crime.
A existência da carta foi revelada pelo porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Vals. Tornay a teria dado a um colega horas antes do crime. Ele teria ainda pedido que fosse entregue a seus pais caso algo lhe acontecesse.
Segundo versão do Vaticano, Tornay matou Alois Estermann, 43, recém nomeado comandante da Guarda Suíça, e sua mulher, a venezuelana Gladys Meza, 49, suicidando-se em seguida.
O guarda teria tido um "surto de loucura" por causa de problemas pessoais e com o superior.
O papa João Paulo 2º rezou ontem em uma capela do Vaticano pelos mortos no incidente.
Ele mandou condolências às famílias e disse que Tornay enfrentará o "julgamento de Deus".



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