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Documento universitário nega golpismo
DE CARACAS
Alguns milhares de universitários venezuelanos,
com o apoio de professores e reitores, realizaram
uma marcha ontem até a
Procuradoria Geral da República, onde entregaram
um documento pedindo
"liberdade, autonomia e
democracia".
"Lamentamos os propósitos de altos porta-vozes
do governo, incluindo o
Defensor do Povo, de associar os protestos justos
com planos desestabilizadores e com supostos grupos interessados em atentar contra o presidente da
República", diz o documento, encaminhado pelo
reitor da Universidade
Central da Venezuela
(UCV, a maior instituição
pública de ensino superior
do país), Antonio París.
Os protestos estudantis
foram desencadeados pela
não-renovação da concessão da RCTV pelo governo,
com o argumento de que
se trata de uma prerrogativa do Estado e lembrando
que a emissora participou
da tentativa de golpe de
Estado em 2002.
A petição também pediu
a retirada do aparato policial dos campi. Ontem, a
direção da Igreja Católica
venezuelana pediu ao governo que "não satanize a
priori" as manifestações,
"legítima expressão da
pluralidade política".
(FM)
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