|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Relatório elogia resultados no Brasil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil é citado no "Relatório
Mundial sobre a Epidemia de
Aids" como um dos países que
têm alcançado bons resultados na
prevenção e combate à doença.
Ganham destaque a ação de distribuição de preservativos e o
avanço no tratamento com medicamentos anti-retrovirais. De
acordo com o documento, o Brasil evitou um gasto de cerca de
US$ 2 bilhões entre 1996 e 2002
com a distribuição dos remédios.
Neste ano, o governo federal
prevê aplicar R$ 700 milhões no
programa de Aids, sendo que
60% desses recursos vão para a
compra de medicamentos.
São cerca de 140 mil pacientes
atendidos com anti-retrovirais na
rede pública.
"O relatório de uma forma geral
é elogioso. Mas também chama a
atenção para a heterogeneidade
que temos. Ao mesmo tempo em
que há estabilização de casos no
geral, existe aumento da epidemia
em Estados do Nordeste, por
exemplo", disse ontem Alexandre
Grangeiro, coordenador do Programa Nacional de DST-Aids, na
divulgação do documento.
Segundo Grangeiro, a epidemia
no país está estável. Desde a década de 80, o país registrou 310.302
casos de Aids. Estima-se que esteja entre 600 mil e 660 mil o número de infectados com o HIV, incluindo esses casos da doença.
O coordenador do programa
nacional lembra que muitas pessoas no país não sabem que contraíram o vírus por deixarem de
fazer exame. Para tentar reverter
esse quadro, o Ministério da Saúde lançou recentemente o programa "Fique Sabendo". Ele busca
intensificar a divulgação do teste
gratuito e sigiloso para detectar o
HIV que é feito na rede pública.
Esse, inclusive, é um dos desafios apontados pelo Unaids no relatório: garantir amplo acesso a
testes para o HIV, por ser uma
porta de acesso à prevenção e ao
tratamento. O número de mortes
no Brasil tem ficado, em média,
entre 11 mil e 12 mil ao ano.
Grangeiro afirmou que o acesso
a remédios e os programas de tratamento e prevenção fazem com
que a expectativa de vida do brasileiro tenha uma redução de apenas três meses devido à Aids. No
Zimbábue, por exemplo, chega-se
a uma redução de 35 anos na expectativa de vida da população.
Texto Anterior: Aids cresce na Ásia e entre jovens, diz ONU Próximo Texto: Dinheiro não está vencendo a guerra Índice
|