São Paulo, quinta-feira, 07 de julho de 2011

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Em 2012, Chávez não terá energia para pleito, afirma opositor

Presidenciável Henrique Capriles faz alusão ao câncer do mandatário venezuelano

FLÁVIA MARREIRO
DE CARACAS

Os venezuelanos decidirão nas urnas em 2012 se querem um "corredor sem energia" ou um "com energia", disse ontem o governador venezuelano de Miranda e atualmente o mais popular presidenciável da oposição, Henrique Capriles, 38.
Ele descartou ontem que o câncer do presidente Hugo Chávez, 56, mude as estratégias da coalizão opositora, que pretende realizar primárias para escolher candidato único em fevereiro.
Em entrevista à imprensa estrangeira, afirmou que prefere que o atual presidente "em plenitude de condições" seja seu adversário.
"O melhor para a Venezuela e para a região é que Chávez seja candidato e perca", afirmou.
Capriles adotou tom bastante crítico quanto à falta de transparência sobre a doença de Chávez, que chamou de "provável câncer".
"Não sou médico, mas minha avó teve câncer. Imagino que já viram uma pessoa com câncer, não? Que eu saiba, é uma doença que [requer] muito cuidado. [...] Uma pessoa que um dia está de uma forma e no outro dia está de outra forma? Quem diz a verdade?", perguntou.
Para analistas, a oposição a Chávez deve ser cautelosa para encontrar o tom ao se referir à doença do presidente sob o risco de causar rejeição na população.
Capriles frisou: "Com a saúde não se brinca, tampouco se brinca com o povo".
"O fato é que o governo retém informação, quer ganhar tempo para mover suas fichas enquanto o país segue no escuro. Joga na frente", disse Saúl Cabrera, do instituto Consultores 21.


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